Minhas mãos ficaram trêmulas, mesmo eu as apertando fortemente contra minha blusa úmida. Apoiei as mãos no braço da cadeira buscando apoio, logo sentindo minha perna fraquejar. Quanto tempo eu teria? O que iriam fazer comigo caso realmente desse para fazer a vacina? – Minha mente estava a um turbilhão de pensamentos ao mesmo tempo. A conversa dos dois homens ainda continuava, mas sentia que minha mente estava longe demais para realmente conseguir focar naquilo agora.
De repente, quis gritar. Cravei minha unha na palma da mão fortemente, enquanto prensava meus dentes um ao outro, reprimindo que toda aquela mistura de sentimentos me fizessem realmente gritar agora. Coloquei a mão na boca e então me levantei, apoiando meus braços cada um de um lado do rádio. Senti meu corpo voltando ao presente e agora voltando a escutar o restante da conversa.
— ... aposto que é ele quem quer levar o título do salvador do mundo.
— Isso não faz o menor sentido, Adam.
— Claro que faz – Adam volta a tomar voz – O que não faz sentido é o cara querer essa mina perto dele toda hora.
Respiro fundo, passando a mão sobre o rosto e voltando a sentar na cadeira de novo. Será que a conversa ainda era sobre mim?
— Sei lá, esse negócio tá tão estranho – Um tempo de silêncio se faz entre os dois e entre mim – Só sei que a gente precisa da imunidade que essa mulher tem, não suporto mais o fedor daqueles podrão.
Do outro lado da linha, Adam concorda e então encerram a conversa ali. Voltando a deixar o canal desligado e fazendo o rádio chiar sem qualquer conexão. Minha respiração continuava instável. Minha mente não conseguia processar toda aquela conversa ainda. Sentia que quanto mais eu pensava sobre aquilo, mais meu peito pesava.
Me sentei na cadeira novamente, apoiando minhas mãos no joelho a fim de me acalmar. Minha perna direita não parava de se mexer, como se eu não tivesse controle sobre ela mais.
Foi então que passando alguns minutos ali pensando, eu me lembrei de Dixon. Eu precisava contar pra ele sobre tudo isso. Me levantei com pressa, logo saindo do quarto e descendo as escadas até o primeiro andar. Vejo Daryl ainda dormindo sobre o sofá na mesma posição que antes. Chego ao lado do mesmo, logo o balançando para o acordar.
— Daryl, acorda. Rápido. – Digo com euforia.
— Ah, Tris. Para. – Daryl diz num tom com raiva, logo passando as mãos sobre o rosto inchado.
— Você precisa ver isso. Eu consegui ligar a energia do teatro. Os cara que tava perseguindo a gente, eu consegui ouvir a conversa deles. Eu... – Paro pra respirar. Minhas palavras saíram tão apressadamente que não tive tempo em pensar em respirar entre elas.
— Mano, cê tá bem? – Daryl me olha com uma cara suspeita. Como se dissesse para mim me acalmar.
— O teatro. Eu liguei a energia dele. – Enquanto eu falava, Dixon se sentava no sofá, se espreguiçando e passando a mão com cuidado sobre o ferimento no braço dele.
— E...? – Ele falou com cansaço, olhando no fundo dos meus olhos.
Revirei os olhos, me virando pra trás e indo até o disjuntor logo ao lado da escadaria. E então as luzes do primeiro andar se acenderam por completo. Mais a frente, ouvi Daryl suspirar.
— Quanto tempo eu dormi pra você ficar tão entediada ao ponto conseguir ligar essas luzes?
— Que caralho. Eu tô falando sério. – Coloquei as mãos na cintura, chegando mais perto de Dixon, que agora coçava o olho com preguiça.
— Eu também encontrei um rádio antigo. Eu consegui achar uma linha de canal nele... – Daryl passa por mim, indo até sua mochila que estava jogada ao lado da mesa onde estava nossa comida. – Eu ouvi os Louva-Deuses conversando...
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𝗦𝗲𝘂𝘀 𝗢𝘀𝘀𝗼𝘀 𝗲 𝗖𝗶𝗰𝗮𝘁𝗿𝗶𝘇𝗲𝘀, daryl dixon ¹
Fanfic12 . . . 🗒️ㅤ𝗧𝗪𝗗ㅤ#ㅤ11ㅤ𝗗𝗗ㅤ 💭 : Onde Tris Rhee (uma mulher imune ao vírus zumbi), reencontra seu irmão, Glenn Rhee. E junto a isso 𝘶𝘮 𝘯𝘰𝘷𝘰 𝘢𝘮𝘰𝘳. ⚠️ESSA FANFIC É TOTALMENTE AUTORAL MINHA, NÃO PERMITO CÓPIA⚠️ Inspirado em: The Last Of Us...