Estopim

424 26 13
                                    

antes de começar, saibam q essa fic é diferente da outra, sem mt romance, e pode ser que seu fav não fique vivo até o final!

───── 「✶」 ─────

Se você está pensando que ser pirata é apenas gritar “Terra à vista!” e se entupir de cerveja até o rabo, está muito enganado (embora essa parte seja muito divertida). Para Yamaguchi, ser pirata é muito mais que isso, requer cem por cento de si, e um pouco mais, e ele sempre daria tudo de si se isso significasse poder pisar num navio.

Não é um estilo de vida, algo que qualquer um consegue de graça. É uma profissão. Embora ilegal.

— Até que enfim! — um homem disse com desdém quando o garçom chegou perto de sua mesa com uma caneca enorme de cerveja. — Você demorou demais, garoto. Da próxima vez não irei ficar e esperar.

— Eu sinto muito, senhor — o garoto de sardas se desculpou, abaixando a cabeça. — Prometo que isso não irá mais acontecer.

— Bom mesmo. Pode ir agora.

Yamaguchi assentiu, murmurando mais um pedido de desculpas e se afastando do homem, que não percebeu sua carteira deslizar do bolso e cair entre as dobras de roupa do garçom. Um sorriso malandro tomou conta do rosto de Tadashi.

No fundo do bar, em cima de um palco mediano, um garoto ruivo com quase a mesma idade de Tadashi, dançava uma espécie de pole dance enrolado em um pano comprido que ia do chão ao teto. Seus movimentos eram suaves, hipnotizantes, e um pequeno sorrisinho não saía de seus lábios. Ele já tinha o visto dançar várias vezes, mas mesmo assim, era tão bonito que Yamaguchi sempre se apaixonava um pouco mais por Hinata Shoyo.

Seus braços e pernas expostos pela pouca roupa que usava — basicamente um short e uma blusa curta, ambos com estampa de losangos — eram motivo de comentários pelo bar inteiro, mas nem sequer metade deles era maldoso. Hinata era lindo, sabia disso, e fazia todos ao seu redor verem isso também. O ruivo foi aplaudido de pé ao final da apresentação, com direito a assobios e até algumas notas de dinheiro dos mais corajosos.

Então, Tadashi viu aquela espada reluzindo nas costas de Hinata enquanto ele fazia uma última reverência para o público. Ele não fazia ideia de como ela foi colocada ali, ou quando, mas precisava fazer alguma coisa! Armas eram proibidas entre os artistas.

— Ah, não! Aquele garoto está com uma espada nas costas! — ele gritou de forma dramática e apontou o dedo para o palco. — Alguém faça algo!

Shoyo soltou uma gargalhada, recolhendo o dinheiro do chão e enfiando tudo nos espaços vazios da roupa. As pessoas ficaram desesperadas, correndo para fora do bar ou para longe daquele baixinho com cara de mau. Ele olhou na direção de Yamaguchi, sacando a espada e fazendo o tipo de manobra que nenhum artista que não fosse treinado para aquilo conseguisse fazer.

— Oh, Ophelia, onde está minha querida salvadora? — Ele adorava dizer isso.

Detrás do balcão, outro jovem baixinho apareceu, ele tinha o cabelo todo castanho e apenas uma mecha loira da franja. Era intrigante, mas Yamaguchi gostava do estilo dele. Ele tinha o mesmo sorriso travesso de Hinata, que agora corria em sua direção. E passava reto, direto para a saída.

Era sua deixa para seguí-lo. Tadashi abandonou seu avental de garçom e foi atrás do seu amigo, junto com Nishinoya — o cara da mecha loira.

— Shoyo, devo admitir, você foi incrível hoje! — Yamaguchi elogiou enquanto corria para longe do bar. Lá atrás, uma mulher gritou que aqueles três eram ladrões, e agora, uns dez homens os seguiam. — Tsc, puta merda, que mulher cagueta!

𝐎𝐡, 𝐎𝐩𝐡𝐞𝐥𝐢𝐚!; TsukkiyamaOnde histórias criam vida. Descubra agora