Capítulo 2: Hoy Que te Vás

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Annyeong!
Capítulo novo! Espero que gostem!

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Luka Colucci

- Então, deixa eu ver se entendi. - O moreno mais velho inicia. - Você entrou parcialmente na Seita, para conseguir ganhar a Batalha das Bandas, e te forçaram a entrar em uma banda, só para que você destruísse ela.

- Não me forçaram. Eu até que era um pouco próximo à eles. - Tento amenizar a situação.

- E você aceitou destruir a banda dos seus amigos e ainda fez um deles ser espancado apenas para benefício próprio, sendo que não te beneficiou em absolutamente nada?!

- Não foi exatamente assim, mas... É... Foi assim.

- Amor. - Ele se vira para Mia. - Ele é realmente seu primo ou o Giovanni cruzou com o Diego e tiveram ele escondido de nós? - A loira ri.

- Olha, o importante é que eu me redimi com a banda. - Explico.

- E vocês tocaram todos juntos.

- Na verdade, sem a Ligeirinho, porque em um surto dela, ela trocou de lado.

- Ligeirinho? - Mia pergunta.

- É a MJ.

- E por ter tocado, seu pai te expulsou do colégio?! - Miguel parecia ainda mais injuriado.

- Não. Ele só não quis expulsar o "filho da futura presidente do México". - Dou ênfase nas aspas. - Que era o líder da Seita. E como desculpa, resolveu me expulsar. Aí sim foi que resolvemos tocar juntos. E desmascarar o Sebas, junto com seus bixinhos da floresta amazônica. 

- Isso não pode ficar assim! Não é justo! Você não tem culpa se suas metas e as do seu pai são diferentes! Sim, você errou! Mas quem sou eu para julgar os erros dos outros. Logo eu que já errei muitas vezes, principalmente com a Mia.

Olho fixamente para o moreno, e acabo deixando uma risada escapar.

- O que foi? - Ele questiona.

- É incrível como você e ele são tão parecidos.

- Ele quem?

- Esteban. - Mia dita, com um sorriso sapeca no rosto.

- Também conhecido como meu mais novo irmão. Então pode ir tirando esse sorrisinho do rosto.

- Ai, Luka! Você mesmo disse que tinha rolado uma química. - Dou de ombros.

- Talvez tenha sido só química de irmãos.

- Aquilo é química de irmãos. - Ela aponta para Emanuel e Emiliano, que pareciam discutir sobre quem derrubaria a casa de LEGOs primeiro. - Do jeito que você descreveu ele, parecia até eu e Miguel quando nos conhecemos.

- Bem, ele realmente se parece com o Miguel. - Sorriu em deboche. - Sério! Até na determinação de querer ser sempre o bonzinho, apesar de se encaixar muito bem sendo um stalker paranóico.

- Isso era para ser uma coisa boa? - Ele franze a testa.

- O que importa é que já está tudo planejado para minha volta triunfal. - Faço um gesto de fogos de artifício com as mãos.

- Já? - O Arango mais velho ergue a sobrancelha.

- Já. - Mia o responde.

- Mas, não é complicado? Você não pode apenas voltar assim, sem mais nem menos. Afinal, você foi expulso, não? E pelo seu pai, que faz parte do Conselho do colégio.

- É claro que eu posso! - Dou de ombros. - Eu sou um Colucci. E sua esposa também. - O mesmo a olha, sem entender nada do que estava acontecendo.

- Para Mia Colucci, nada é impossível, bebê. - Ela pisca para o moreno, logo dando um selinho no mesmo.

- Urgh! Quanta melação. - Refiro os olhos. - Vou indo para meu quarto. Preciso acertar algumas coisas com o irmão bastardo que Deus me deu. - Aponto para o celular.

Dou as costas para os dois, antes que Mia dê seu sorriso mais singelo novamente.


Ligo para Esteban assim que entro no cômodo. O garoto não custa a atender.

- Luka! - Sua voz aparenta estar feliz. - E então? O que houve?

- Eu que pergunto. Como estão as coisas por aí, com você e com os outros?

- Bem... Como estamos nas férias, cada um foi para sua casa. Mas Andi e Emília resolveram ficar no colégio. Andi disse que prefere ficar lá  do que ir para casa.

- Eu tenho quase certeza que não foi só por isso. - Ele ri.

- É, as duas não escondem muito bem suas segundas intenções.

- É, você também é péssimo nisso.

- Como assim? - Dou um suspiro.

- E você e Jana? Alguma evolução? - Dessa vez, foi a vez do moreno a suspirar.

- Não. Ela disse que as coisas aconteceram muito rápido e que eu deveria focar mais em minhas próprias determinações.

- Ela tá certa. E olha que geralmente eu não concordo com o que a salvadora da pátria fala. - Ele dá uma risada fraca.

- Enfim, ela disse que era melhor continuarmos como amigos.

- Entendo. - Um silêncio estranho se iniciou. Percebi que o mesmo não iria falar nada, então resolvi cortar aquele clima que já estava ficando estranho. - E a Selena? O que houve com ela?

- Ela até tentou se explicar, mas sinceramente... Não estávamos muito afim de escutar.

- Deveriam.

- Ela traiu nossa confiança, Luka! Se aliou ao inimigo sem mais nem menos.

- Teoricamente, eu também fiz isso. Exatamente isso, pra ser sincero. E vocês me perdoaram, não?

- É. - Escuto outro suspiro. - Mas, por enquanto, é melhor esperar as aulas voltarem. Até lá, talvez conversamos melhor com ela.

- E enquanto Sebas?

- Parece que Marcelo está fazendo do possível ao impossível para abafar o caso. Mas ao menos com nossa revelação, ele não vai ser visto do mesmo jeito dentro do colégio.

- Já contou para meu pai que ele também  é seu pai?

- Não tive chance ainda de conversar com ele. Mas pretendo. - Concordei.

- Bem, eu vou indo. Preciso descansar. A viagem foi longa. - Ele ri.

Droga de risada.

- Tchau, irmãozinho.

- Tchau, filho bastardo.

- Luka! - Riu.

E assim, encerro a chamada.

Respiro fundo.

- Irmãos. Apenas irmãos. - Falo comigo mesmo, enquanto mirava o teto do cômodo. - Tinha mesmo que pular a cerca, papai?

Rebelde {Luka e Esteban} [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora