Capítulo 14: Olvidar

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Entre os selares molhados e intensos, o moreno se aprofundava cada vez mais no interior do loiro, que contia seus gemidos para não atrair ouvidos curiosos.

Esteban descia seus beijos em direção ao maxilar de Luka, seguindo até seu pescoço, fazendo o mesmo morder os lábios, na tentativa de abafar seus ruídos.

Depois de alguns instantes, ambos chegaram em seu ápice, fazendo-os respirar fundo, tomando o ar de volta aos poucos.

Era fim de semana. Dixon havia ido visitar sua família, então, aproveitaram o tempo em que estavam apenas os dois alí no quarto. Mas óbvio que trancaram a porta. Afinal, qualquer intrometido poderia adentrar alí e flagrá-los.

- Não acha que estamos exagerando? - Luka pergunta, ainda tentando recuperar o fôlego.

- Não acho. - Esteban responde, saindo de cima do loiro, se deitando ao seu lado.

- É melhor tomarmos um banho. - O loiro dita, já se levantando.

- Eu vou com você.

- Claro que não! - Luka pega a toalha, cobrindo seu íntimo.

- Por que? - O moreno também se levanta, indo até o loiro.

- Porque eu quero tomar banho sozinho. - Luka olha o outro de cima para baixo. - E você tá pelado. Isso é com certeza uma péssima ideia. - Dita, adentrando no cômodo, antes que Esteban tente algo que sabia que acabaria cedendo.

Ambos pareciam sentir o mesmo.

Um desejo muito forte um pelo outro. Mas também, uma culpa muito grande pelo que estavam fazendo. Afinal, aquilo não era certo.

Nem sequer sabiam o que o outro sentia sobre isso.

O que eram para o outro? Amigos que transam?

Era pior que isso. Bem pior. Eram irmãos.

Isso só era deixado de lado, quando ambos estavam agitados, em cima de uma cama, mas nos momentos em que apenas conversavam, a culpa vinha à tona.

~•~•~•~•~•~•~•~•~•~•~•~•~

Alguns dias depois...

Esteban Torres

- Acho que deveríamos conversar. - Luka me pergunta.

- Sobre o quê?

- Sobre nós. - Ele se senta na cadeira ao meu lado. Sua seriedade era certamente estranha.

- Não... Tá gostando... Ou o quê? - Pergunto, com receio.

- Não é isso. - Ele suspira. - É só que... Isso entre a gente, tá muito confuso. O que exatamente somos um pro outro? E não me responda "irmãos" porque só vai piorar as coisas.

- Você é alguém que eu gosto de ter por perto. - Digo, com simplicidade. - Gosto disso que temos. Sendo confuso ou não. - Ele apenas balança a cabeça em afirmação.

- Acho... Que pra mim é o mesmo. - Era visível o seu incômodo. Sua fala não parecia sincera.

Mas era isso que eu sentia, não? Nossa relação era boa, e era isso que importava.

- Ei! Vocês dois! - Emília nos chama. - Vão ficar se paquerando ou vão voltar ao ensaio?

Assentimos, como forma de obediência, voltando aos nossos lugares.

Rebelde {Luka e Esteban} [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora