Livro 1: A Coroa de Ferro.
Rosalie é a princesa de Notolia, um reino que rege todos os outros. Perdeu sua mãe um ano após seu nascimento. Cresceu com a amargura de seu pai, que a desprezava por ter uma aparência tão idêntica a sua falecida esposa.
O...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Acordei no meio da noite e Eryn não estava mais lá, fui até a janela que estava aberta e olhei para fora, o jardim estava escuro, e havia muitos guardas na frente do reino o cercando.
Fui até a minha penteadeira para beber um pouco de água, mas a jarra estava vazia, lembrei que não tinha enchido quando entrei para tomar banho. Peguei a jarra e sai do meu quarto para ir a cozinha em busca de água, minha perna ainda estava dolorida mas não estava mancando, a pomada de Eryn realmente me ajudou com a dor.
Estou passando pelo corredor escuro e consigo ver uma claridade saindo do quarto de meu pai, estranho a essa hora estarem acordados. Chego devagar até a porta e olho pela fresta, vejo minha madrasta e meu pai sob a cama, os dois estão conversando, Rowena entrega uma taça para meu pai.
— Meu rei! — vejo ela se certificando de que ele bebeu do cálice — Como pode ser tão tolo em aceitar que aquela garota insolente fizesse nosso filho passar como um idiota na frente de tantas pessoas?
— Do que está falando Rowena?— Ela se senta na cama de frente para meu pai.
— Não seja tolo, você sabe muito bem que estou falando do Netac... aceitou que aquela garota se sobressaísse sobre o meu filho.
Meu pai leva a mão à garganta tossindo.
— O que você acha sobre "A grande rainha Rowena", a única regente... — ela sobe por cima de meu pai.
— O que tinha no vinho Rowena? — disse entre tosses — O que está fazendo?
— Dando um fim no seu legado, um tolo como você não deve carregar uma coroa em sua cabeça. Aguentei por todos esses anos o seu cheiro asqueroso e toda a sua ignorância, uma coisa eu invejo da sua antiga esposa... Estar morta! — ela ergueu sobre a cabeça uma adaga e eu a vi cravar no peito de meu pai.
Dei um grito, levando a mão rapidamente à boca para abafar-lá.
Ela virou o rosto lentamente como se já soubesse que eu estava ali observando, puxando a adaga do peito de meu pai, se levantou da cama vindo em minha direção.
Rapidamente sai dali, deixando para trás a jarra que estava comigo, estou correndo pelo corredor em direção ao meu quarto, às velas que carregava já se apagaram, olhando para trás vejo ela vindo. Ela está apenas caminhando, como se quisesse que eu fugisse.
Entro em meu quarto rapidamente fechando a porta, penso em algo para segurá-la, olho para todos os lados e vejo a minha penteadeira, com uma força movida pelo desespero arrasto a penteadeira até a porta, isso me dará tempo.
Coloco a minha bainha para a minha adaga e corto vários lençóis para fazer uma corda. Minha única escapatória será a janela, é o único jeito de fugir. Estão batendo na porta com força.