III

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       Já se passaram alguns meses desde aquele inconveniente na sala de reuniões

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       Já se passaram alguns meses desde aquele inconveniente na sala de reuniões. Desde aquele dia minha madrasta não dirigiu a palavra e nem ao menos me torturou com suas palavras e unhas de prata. Isso deveria me trazer alívio, mas só consigo ficar preocupada. Eu era o seu passa tempo e do nada parou de se importar comigo. Meu pai também anda estranho, muito incomodado. Mal vejo meu irmão, apenas focado com o jogo dos tronos que logo chegará.

Esse silêncio, e sussurros estão me deixando em uma terrível agonia. Minhas amigas mandaram algumas cartas alegando que estão sendo cortejadas e logo viria o casamento com os nobres do baile. Os sonhos delas estão se tornando realidade e isso me traz alegria, mas uma alegria momentânea. Isso significa que ficarei literalmente sozinha nesse castelo sem escapatória.

O homem misterioso nunca mais o vira. A escuridão daquele dia não me permitiu visualizar seu rosto com tanta clareza e me pergunto se saberei distinguir quando o ver novamente. A não ser por aquele sorriso branco, única parte de seu rosto que vi com clareza.

Os pesadelos ainda me perturbam, às vezes até consigo esquecer sobre aquele dia, mas quando chega a noite, sou lembrada. Meu unico alivio nesses sonhos é que sempre sou salva por ele.

Meu aniversário está próximo. Estou na idade de me tornar uma rainha, 18 anos, mesmo que isso não aconteça, mas passei a não me importar mais com isso, já sei que nunca terei meu direito reivindicado. não enquanto minha madrasta e meu irmão existirem.

Ouço um leve toque em minha porta e ela se abre de forma lenta. É um dos servos do rei.

– Princesa, o rei requisita sua presença na sala do trono! – falou olhando para os pés.

O que seria de tanta importância para mandar me chamar? É raro eventos como esse onde sou chamada a sala do trono.

Me levanto da grande janela onde costumo ler meus livros, a luz projetada pelo sol em minha janela é ótima para ler e seria um desperdício não aproveitá-la. Sem contar na vista para o jardim, único lugar de paz.

Passando pelo corredor com vista pelo jardim, vejo uma carruagem sendo escoltada por vários guardas. Carregam bandeiras listradas de azul e branco, com o brasão da família estampado nelas. Quem estaria chegando de viagem? Achei que somente nós possuía aquele brasão. Talvez seja por isso que o rei me chamou.

Faço uma breve reverência ao para o rei.

– Rosaline, quero que esteja aqui quando sua prima chegar. Ela está vindo para tratar negócios e nada mais certo que minha filha esteja junto! – levando uma de minhas sobrancelhas quando ele usa o termo "filha", realmente as aparências enganam.

Apenas concordei com a cabeça, estava com uma resposta na ponta da língua, mas, quando isso acabar, mais rápido poderei sair daqui. Nunca fui inclinada a tais ocasiões formais, se eu pudesse estaria no jardim terminando minha leitura.

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