FUNDAMENTAL DOIS

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#ALERTA DE GATILHO#
narrativa de agressão infantil.

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Agora eu tenho onze anos de idade e estou começando o fundamental dois . Na minha cabeça está tudo certo vou fazer amigos e ser um garoto normal.
Eu havia pedido a meus pais para me mudar de escola, era muito ruim estudar perto daquele amigo que pediu que eu me afastasse.

_Jungkook agora você já está mais velho e a escola é nova, seja como os outros garotos. Faça amigos e converse com os professores normalmente, tudo bem?

_Sim mãe, não se preocupe. Eu vou conseguir.

A escola era grande e bem menos colorida que a última que estudei. Mesmo assim tinha lugares bonitos como o jardim de margaridas, a quadra era grande e as salas tinham mais alunos.

Uma das primeiras aulas falou sobre "O corpo da gente" a escola se preocupava muito com a integridade dos alunos e achou melhor explicar sobre os limites que temos que impor, na nossa idade pessoas más poderiam querer tocar em nosso corpo de forma maliciosa e isso é ruim.
Eu me assustei muito porque minha babá estava com agente a quase três anos e eu achava que ela era boa, mas ela fazia aquilo tudo.

Eu cheguei em casa com ódio e comecei a brigar com ela.

_Porquê você fez isso? Você usou a mim e meu irmão. Como pode abusar de nós. Eu não sabia antes só que agora eu sei, isso é crime. Eu vou contar pra minha mãe e ela vai chamar a polícia pra você. _enquanto eu falava meu tom de voz ia aumentando e eu gritava quando terminei. Então ouvi a gargalhada dela.

_Você é idiota Jungkook? Eu sou adulta você uma criança, ninguém acredita em criança. Se fosse errado você teria dito antes, sabe porque não disse? Porque você gosta, você é tão malvado e imundo quanto eu.

_EU NÃO SOU IGUAL A VOCÊ!

_É sim, você gosta, experimenta falar com sua mãe. Ela não vai acreditar e eu vou dizer que você está ficando cada dia mais louco. Ela vai internar você.

Eu fiquei com medo, minha mãe nunca me achou "normal" e eu sabia que não era mesmo. E se ela não acreditasse em mim?
Eu saí fui para o quarto e chorei , chorei muito, muitos dias e não deixei ela encostar em mim.

Então comecei a apanhar cada vez que me negava, eu apanhava, todos os trabalhos que ela achava ruim ou chato eu tinha que fazer agora, e eram muitos castigos. Ela era muito inteligente não deixava marcas em mim.
Nem quando me beijava ou usava a boca nas "brincadeiras", muito menos agora que me batia e usava castigos como me deixar de joelhos ou segurando insetos nojentos por horas.

Durante algum tempo ela aceitou meu não e só usava meu irmão eu não conseguia convencer ele que aquilo era errado, ele ainda via como brincadeira e eu não aguentava aquilo, depois ela queria fazer comigo e eu não tinha força suficiente pra evitar. Era nojento. Isso durou algum tempo.

Então, eu tive sorte, meu pai conseguiu um emprego melhor e minha mãe começou a trabalhar menos dias .

Eu falei com ela que eu conseguia cuidar de tudo.

_Mãe eu posso levar meu irmão na escola e cuidar da casa para você.

_Filho e quanto a lição de casa dele?

_Eu ensino mãe, você vai economizar dinheiro. Por favor.

Ela não queria, mas aceitou.

Eu tirei aquele monstro de dentro da minha casa, mas o estrago ainda estava em mim eu aceitei que a minha mãe não acreditaria, então ela nunca soube o que aconteceu. Eu tinha pesadelos com aquela mulher e acordava de susto ouvindo aquela gargalhada. Nunca confiava em ninguém e peguei fobia de insetos.

RARO - Essa Não É Uma História FelizOnde histórias criam vida. Descubra agora