OS GAROTOS DA PRAIA

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O despertador tocou e juro minha vontade foi jogar ele na parede. O que não era uma boa ideia, então eu só levantei.
Gostei de ver as panelas no quarto o que nada resolveria sem comida. Me arrumei e fui a uma loja de conveniência mais próxima, precisava comer rápido para tomar meus remédios.

Assim que comi e tomei os remédios, fiquei mais tranquilo e fiz as compras para casa, ah espera, para o quarto.
Pacotes de macarrão instantâneo, arroz, biscoitos, algumas frutas e alguns pratos prontos com carne. Pouca coisa, assim que guardei tudo me organizei para ir a praia.

Para ir sozinho é preciso pensar em tudo, sem documentos originais e cartões, sem muito dinheiro e de preferência sem o celular. Nada para ser roubado ou perdido, mas preciso de identificação e foi para isso que tirei cópia da minha identidade.
Foi com uma regata e um moleton, uma bermuda com bolso onde coloquei a identidade e uma nota de
10000 wons só pra emergência. Pronto posso ir.

Tive que andar bastante até chegar na praia, quanto mais perto mais caro. Tive que ir para longe.

A praia é linda e que bom que está calor. Tudo que quero é ficar muito tempo no mar.
Tirei meu moleton dobrei e deixei a identidade e a nota dentro do bolso, encima do moleton deixei a regata e a Bermuda. Meu sapato deixei em frente a roupa virado para o mar.
Tudo organizado do jeito que gosto.

Fui entrando na água buscando perto de uma pedra grande aquele ponto entre o mar aberto e a arrebentação. Gosto de sentir as ondas, mas não gosto delas quebrando em mim. Estava tudo perfeito até que comecei a ouvir gritos vindo da praia, olhei para ver se vinha alguma onda grande, mas estava tudo tranquilo. O rapaz na areia gritava e balançava os braços como se estivesse querendo me alertar de alguma coisa, me certifiquei que não tinha mais ninguém na direção que ele, em desespero olhava, e realmente só tinha eu. Pensei que pudesse ser tubarão e então mergulhei fundo de olhos abertos, girando para todos os lados e não vi nada, quando voltei a superfície ele já não estava na praia estava nadando rápido como se tivesse um motor de lancha, até que chegou perto.

_ Não faça isso, a vida é uma merda, mas tem como melhorar.

_ O que você está falando?

_ Você não _ ele começou a dizer e não terminou, ficou me olhando e nessa hora nós dois descuidamos do mar e uma onda grande nos jogou contra a pedra. Ele estava mais perto e vi a cara de dor que fez quando a perna dele acertou a pedra em cheio.

_ Venha , vamos sair daqui.

Ele segurou em mim como se fosse um super-herói com uma cara de dor e orgulho.

Quando chegamos a areia ele foi sair e mancou o joelho estava ralado e sangrando.

_ Vem se apoia em mim.

o segurei até chegarmos perto de onde estavam minhas roupas. E então nos jogamos na areia e um outro garoto muito bonito de pele clara, bronzeada e cabelos ondulados chegou perguntando:

_ Jimin você está bem?

Meu coração quase parou.
Seria o maior presente da minha vida.
Ele era um pouco mais baixo que eu com o corpo magro porém musculoso, o rosto cheio com bochechas fofas, lábios grossos e o cabelo loiro.

Não podia ser! Isso seria mais que ganhar na loteria e na vida real essas coisas não acontecem.

_ Estou bem Tae, consegui salvar ele.
E os dois garotos fizeram um high five em comemoração.

RARO - Essa Não É Uma História FelizOnde histórias criam vida. Descubra agora