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Terminei meu banho, vesti minha roupa e desci pra tomar café. Me sentei ao lado de Toga e Compress.

Compress: Vai com calma no café S/n_ diz o mais velho me vendo encher a copo até a borda de café_Não é bom tomar muito pra sua idade

Twice: Concordo com o mago S/nizinha.

Eu: Eu tenho que ficar acordada_ falo e logo tomo o tudo de uma so fez trazendo os olhares surpresos de todos_ Fiquei a noite toda sem dormir.

Dabi: Quem mandou você ir festejar a noite toda.

Eu: Eu mesma. Tenho que aproveitar a minha vida.

Toga: Ainda to sem acreditar na notícia. Não quero que minha melhor amiga se vá para sempre e me deixe aqui sozinha_ ela abraça meu pescoço.

Eu: Calma Toga. Eu ainda não morri, e também não foi confirmado 100% minha expectativa de vida.

Toga: Eu sei. Mas me apeguei muito a você_ ela me solta e volta a tomar seu café.

Eu: Também me apeguei a você. Na verdade, me apeguei com todos vocês.

Twice: Até o Dabi?

Eu: Não. Ele não.

Dabi: Nossa, preferia uma facada no coração_ vejo toga levantar sua faca e eu a pego de sua mão a guardando_ achei que eu era o seu preferido _ falou colocando a mão sobre o peito.

Eu: Você nem chega perto disso. Está no final da enorme fila.

Dabi: Mas quem sabe eu possa ser o primeiro algum dia_ ele fixa seu olhar no meu.

Eu: Vai sonhando_ faço o mesmo que ele. Ficamos nos encarando por alguns segundos.

Spinner: Olha, sem querer atrapalhar o namoro de vocês, mas ja atrapalhando_ olhamos feio para o mesmo_ Eu quero tomar o meu café da manhã sem as provocações de vocês a cada 5 segundos.

Compress: Concordo com ele. É melhor vocês comerem, depois vocês conversam mais.

Não dissemos nada, voltamos a comer, às vezes escapava alguma provação do moreno e às vezes minhas, também as famosas piadas do Twice, a risada de Toga, as reclamações de Compress e Spinner.

Acho que encontrei uma nova família para mim. E dessa vez, uma que me aceita do jeito que eu sou, eles podem ser meio loucos às vezes, mas pra mim isso é normal.
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Tomura: S/n, podemos conversar?_ o mesmo diz fora do meu pequeno estúdio.

Eu: Entra_ ousso a porta sendo aberta atrás de mim_ ja está melhor? Se tiver com dor de cabeça tem remédio no meu quarto_ falo sem tirar a atenção do quadro que pintava.

Tomura: Eu ja tomei. O Kurojiri me deu. E como você está?

Eu: Bem eu acho.

Tomura: Olha, desculpa se eu fui grosso com você. Sei que ja está adulta, mas eu ainda me preocupo com você_ paro com o pincel e me viro para ele.

Eu: Eu te entendo. Mas você mesmo disse para mim, curtir a minha vida ao máximo. E eu fiz isso, curtir a noite inteira ao lado dos meus melhores amigos. Eu me senti viva naquela boate.

Tomura: Eu entendo. Mas é que, com tudo isso que aconteceu com você. Eu não confio mais nas pessoas.

Eu: Não precisa confiar nelas, mas em mim. Eu sei me defender, graças as suas aulas e do Kurojiri de alto defesa. Eu so quero te pedir que na próxima vez, não me subestime e que confie em mim.

Tomura: Eu vou! Mas so se você me desculpar por meu comportamento infantil.

Eu: Eu te desculpo. Afinal_ me aproximo dele e o abraço_ Somos irmãos_ o mesmo retribuí o abraço um pouco desengonçado.

Tomura: Obrigado_ nos separamos_ O que está pintando?

Eu: Uma floresta encantada. Igual nos livros que você lia pra mim_ mostro a pintura para ele que fica bastante surpreso_ O que foi? Ficou ruim?

Tomura: Que? Não, ta perfeito. Parece tão real. É lindo!

Eu: Que bom que gostou, agora so falta adicionar alguns detalhes e acabei_ me sento no banquinho de frente ao quadro que estava no cavalete, e Tomura pegou outro banquinho e se sentou ao meu lado.

Esse era uns dos passatempos dele, ficar me observando a pintar. E às vezes ele dava algumas sugestões, e por incrível que pareça, eram ótimas.
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Enquanto olhava do terraço do esconderijo os carros do com seus faróis ligados a noite, um misto de pensamentos me invadiram, várias perguntas sobre a minha existência iam e vinham feito bumerangue, um sentimento de culpa e tristeza me atingiram em cheio, me fazendo cair em lágrimas. E foi ali que percebi que eu estava sozinha... E que sozinha eu tinha que lutar para recuperar o meu brilho que tiraram de mim a muito tempo.

Kurojiri: Pensando na vida pequena?_ seco minhas lágrimas rapidamente.

Eu: Um pouco_ ele se senta ao meu lado.

Kurojiri: Faz um tempo que não passámos algum momento juntos. Igual quando você era criança.

Eu: Verdade. Sinto falta disso_ me aproximo mais dele_ Sabe. Você é como um pai para mim. Obrigada por cuidar de mim por todos esses anos.

Kurojiri: Eu so faço o que meu coração manda. E quando te vi entrar por aquela porta toda machucada e com medo nos olhos no colo de Tomura. Eu prometi a mim mesmo que iria cuidar de você.

Eu: E está cumprindo essa promeça até hoje... Conseguiu mais informações?

Kurojiri: Sim, três deles estão morando aqui na cidade, todos tem uma família. Mais dois deles caíram no mundo do crime e das drogas e tem muitas dívidas. E o outro ainda não acabou a faculdade.

Eu: Entendi. So falta aquele filho da puta. Obrigada Kurojiri. Isso me ajudou bastante.

Kurojiri: De nada pequena. Mas esse negócio de vingança vindo de você, me deixa preocupado.

Eu: Vai dar tudo certo. So preciso de mais tempo pra planejar cada detalhe.

Kurojiri: Eu confio em você. Nossa, o All For One deve estar bem orgulhoso de você.

Eu: Espero que sim_ me aproximo dele e encosto minha cabeça em seu ombro_ Será que um dia vamos ser livres?

Kurojiri: Claro que vamos. Vamos derrotar todos aqueles que nos prejudicaram e não se preocuparam com a gente quando estavamos na merda. E até la, eu vou te proteger.

Eu: Não precisa. Eu sei me defender.

Kurojiri: Eu sei. Mas você se mete em tanta coisa.

Tomura: Achei vocês_ ele se senta ao meu lado_ O que estão fazendo aqui?

Kurojiri: So conversando_ me levanto de seu ombro.

Tomura: Sei. Estava procurando vocês.

Eu: E aqui estamos... Hei_ consigo a atenção dos dois_ Vocês me prometem que vão sempre estar comigo?

Tomura: É claro princesa_ ele passa seu braço pelo meu pescoço.

Kurojiri: Nós prometemos. Mas so se você nos prometer que so vai usar seus poderes quando for necessário.

Eu: Ta, eu posso tentar. Vamos ser nós três contra esse mundo injusto.

Tomura: Concerteza.

Contínua. . .

{Cicatrizes}Onde histórias criam vida. Descubra agora