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Dabi: Cadê a S/n?

Akane: Ela ja esta vindo. O que foi carvão? Ta com medo dela pular fora do seu encontro romântico?

Dabi: O que? Não. E não vai ser um encontro romântico. A gente so vai beber um pouco.

Eu: Exatamente. So vamos sair como amigos_ apareci na sala e os dois olharam para mim maravilhados_ O que foi? Tem algo de errado comigo?

Akane: Não lindinha, você ta gata demais. Olha, se tu não fosse afim desse fogão a gás ambulante, eu te pegava_ aquilo me pegou de surpresa me fazendo corar levemente.

Eu usava uma saia preta colada, uma regata bege e um sobretudo preto, nos pés usava um conturno preto da Akane que peguei emprestado.

E o Dabi estava usando uma camisa cinza, uma calça preta rasgada nos joelhos e uma jaqueta de couro, nos pés ele usava um all star preto um pouco velho mas em ótimo estado.

Eu: Vo- Você ja está pronto Dabi?

Dabi: Sim, ja podemos ir_ fomos até a porta, mas antes de sair Akane nos chamou.

Akane: Juízo em, e usem camisinhas viu_ ela piscou para mim.

Eu: Ja chega docinho_ disse ja um pouco nervosa (mais do que ja estava)

Dabi: Pode deixar, nós vamos usar, e muitas_ o mesmo disse com um sorriso provocativo que me tirou do sério.

Eu: O que??? Que papo é esse?

Dabi: Nada. So vamos logo_ deixamos Akane sozinha na sala e saimos do pequeno apartamento que ainda estávamos.

Atravessamos algumas ruas e viramos algumas esquinas, paramos em frente ao um bar, ele era médio, tinha um tema puxado para bares antigos, tinha poucas pessoas nele, e o ar era até que aconchegante.

Entramos e sentamos em uma mesa um pouco afastada das outras para não chamar muita atenção, um garçom veio até nossa mesa e pedimos algumas bebidas e alguns petiscos para acompanhar. Não demorou muito para o mesmo voltar com os nossos pedidos.

Dabi: Um brinde a nós_ ele ergueu sua bebida e eu ri.

Eu: A nós?

Dabi: Sim, a nós. Somos os melhores vilões daquela liga, merecemos um brinde.

Eu: Então ta. A nós_ ergui minha bebida também e brindamos. Bebi a cerveja e olhei ao redor, e percebi que algumas pessoas ja haviam ido embora.

Dabi: Então, como tem passado a vida?

Eu: Sério isso? Do nada?

Dabi: O que? So estou tentando puxar assunto.

Eu: Então ta. Bem... Ela ta indo até que mais ou menos. E a sua?

Dabi: To na mesma_ suspiramos.

Não tinhamos o que conversar, parecia que éramos dois estranhos que nunca haviam se falado, o clima tava meio tenso, as palavras não saiam naturalmente igual era normalmente nos nossos dia a dia. Estava bastante estranho a situação.

As provocações, as piadas, os comentários ou até alguma aproximação a mais ou não. Tudo isso estava longe de nosso alcance naquele momento que parecia durar horas e horas.

Continuamos a beber e aos poucos fomos nos soltando, acho que o álcool faz a gente perder a timidez, e um pouco da conciência, confesso que no começo estava um pouco nervosa, não saía com um cara, além do meu irmão, para beber e ainda mais só nós dois, e pra completar, com o Dabi.

Ja estávamos bastante soltos, havíamos bebido uma quantidade... digamos que o suficiente para deixar alguém bem feliz e bem leve, aos poucos as palavras foram fluindo bem rápido, davamos risadas, contava alguma história um do outro, realmente estávamos nos divertindo.

Só eu, ele, as bebidas e a música que tocava pelo bar. Não tinha mais nenhum cliente no local, só nós dois. O garçom ja havia indo embora, so sobrou o barman que não ligava para nossa presença no local, só nos servia quando pediamos mais bebidas ou para trocar as músicas que não nos agradavam por outras melhores ao nosso ponto de vista.

Acho que a bebida ultrapassou a metade do nosso limite, nos levantamos e do nada começamos a dançar pelo bar vazio. Ele segurou em minha cintura e eu em seus ombros.

Dançavamos rindo um para o outro, quem via de longe perecia que éramos um casal de namorados super apaixonados.

Olhei para seus olhos que me encaravam com um olhar diferente, um olhar que tocou a minha alma, mas não sabia o porque. Fui surpreendida pelo seus lábios contra aos meus. Seu beijo era lento e meio carinhoso... Uma coisa muito rara vindo do moreno.

Nos separamos pela falta de ar e mais uma vez nos encaramos.

Eu: Sentiu saudades?

Dabi: E como senti. Todos os dias quero beijar essa sua boca, não sei como, mas ela vicia.

Eu: Eu tenho um certo dom. Mas a minha boca não é so boa com beijos_ me aproximei mais perto de seu ouvido_ ela sabe fazer outras coisas, se é que me entende.

Dabi: Cuidado, não diga esse tipo de coisa se não estiver pronta para se queimar.

Eu: Eu sempre gostei de brincar com fogo_ sorri para o mesmo e o puxei pra mais um beijo que não foi negado.

...

Passaram alguns minutos e o barman disse que ja ia fechar, saimos do bar e fomos andar pelas ruas, bêbados... Não muito, mas estávamos bem animados e dizendo coisas sem sentindo um para ou outro, ou para o nada.

Sentamos em uma calçada para descansar um pouco. Olhei para o céu e vi que estava um tempo pra chuva, mas não liguei e voltei a conversar com Dabi.

Eu: Hei, você acha que a Akane e o Tomura dariam um casal?

Dabi: Não sei, se bem que os dois são bem parecidos no meu ponto de vista, eles se merecem. São insuportáveis no mesmo nível.

Eu: Não fala assim deles, são minha família. E eu não aceito que falem mal da minha família.

Dabi: Me desculpe senhorita dona de família.

Eu: Vai se fuder carvão_ senti algumas gotas cair em meus braços e cabeça.

Em poucos minutos começou a aumentar, daí veio a chuva, não era forte, na verdade era bem agradável. Enquanto Dabi foi pra debaixo de uma árvore pra se esconder da chuva, eu fui pro meio da rua deserta para tomar um banho de chuva.

Dabi: S/n saí daí sua maluca. Você vai ficar doende desse jeito_ ele gritava mas eu não dava ouvidos. Eu so queria aproveitar a chuva caindo sobre mim.

Estava me sentindo diferente, uma sensação única, boa de se sentir. Acho que depois de muitos anos eu finalmente senti o que era viver um pouco, senti uma conexão grande comigo mesma.

Então era essa a sensação que muitos falavam... De se sentir viva



Continua. . .

{Cicatrizes}Onde histórias criam vida. Descubra agora