I will find you

Me aguarde, Yoongi!

SEGUNDA FEIRA

E enfim, depois de um longo domingo de atividades que Taehyung me proporcionou por ter preparado aquele dever de casa, eu voltei à escola. Pensei que não conseguiria terminar aquelas questões, mas esforcei porque não queria que ele pensasse que eu fiz pouco caso depois de sua ajuda. Completei, anotei algumas dúvidas e coloquei tudo na mochila.

O dia atual foi um daqueles que eu acabava chegando mais cedo quando minha mãe resolvia me levar primeiro e depois seguia viagem com Yeosan até sua escola. Eu tinha trocado algumas mensagens com Kitana mais cedo, ela iria se atrasar, então eu não apreciei tanto assim quando cheguei adiantada. Não vi Jimin por ali e nem Taehyung.

Por um tempo, fiquei ali no corredor com o celular na mão e a mochila pendurada num ombro só. Conforme o horário foi se avançando, decidi arrumar o meu material, então fui até o meu armário e sem muita pressa eu fui pegando algumas coisas ali dentro. E foi nesse momento que o mais fofoqueiro de todos acabou aparecendo.

— E aí? — ouvi a voz de Jungkook quando o vi parando ao meu lado.

— Oi.

— Ai, ai — respirou fundo. — Mal cheguei e já quero ir embora.

— Começou o dia com o pé esquerdo hoje?

— Estou bem até agora, mas eu sinto que isso vai mudar em breve.

— Fala logo o que foi.

— Terminei com a Choeri.

— Terminou?

— Eu expliquei tudo pra ela e pensei que seria em comum acordo, mas ela não levou numa boa então eu precisei tomar essa atitude sozinho.

— Terminou o que se vocês nunca tiveram nada sério?

— Também estou me perguntando isso — deu uma risada breve. — Mas a situação me fez pensar num término pela forma que ela reagiu.

— Devia só ter falado que não estava mais a vontade em ficar com ela.

— Ela não via as coisas dessa forma.

— E eu que pensava que você era emocionado — dei de ombros.

— Não foi uma boa ideia eu ter me metido nisso. No começo eu não imaginava, mas depois de um tempo eu senti ela se apegando e querendo sempre mais de mim. Esclareci tudo mais uma vez com ela e ela disse que estava tudo bem, me assegurou que não estava se confundindo.

— E agora teve o término de algo que nunca começou.

— É — ele riu levemente, mas de nervoso, eu aposto.

— E o que você acha que ela vai fazer agora?

— Certeza que não vai falar comigo por um tempo.

— Se assim for, respeite o tempo dela.

— É o que eu vou fazer — assentiu. — Eu não acho que seja pra tanto, mas eu não sei o que ela sentia por mim ou o que ela tinha em mente pra nós dois. Eu sempre deixei tudo bem claro, mas mesmo assim eu sei que ela tinha alguma esperança, então é claro que ela vai estar triste.

— Se ela soubesse quem você é de verdade, consideraria isso um livramento — brinquei.

— Nossa — ele riu. — Obrigado!

— Deixa ela na dela — falei. — Triste ela vai ficar, não vai ser como era antes, mas não é o fim do mundo. Vocês vão se ver todos os dias, tem os mesmos amigos e daqui a pouco estão se falando aos poucos.