Capítulo dezoito: descobertas

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Encostei minhas costas na porta e toquei meus lábios com as pontadas dos dedos, um sorriso bobo nascendo lentamente.

-Que sorriso de idiota apaixonada é esse?

Quase morri do coração quando do escuro da cozinha apareceu minha irmã como um alma penada. Os cabelos embaraçados, o rosto amassado e o copo na mão deixou claro que minha irmã estava dormindo e só levantou para beber alguma coisa.

-Caramba, Lisa! Que susto.- Coloquei a mão no lado esquerdo do peito e tentei normalizar minha respiração. A casa está toda silenciosa, iluminada apenas pela luz da lua, a última coisa que eu esperava era alguém brotar das sombras.

-Isso são horas de chegar? É quase meia noite.- Se aproximou devagar de mim. Me remexi desconfortável.

-Tive alguns imprevistos que me atrasaram.- Dei um sorriso nervoso.- A mamãe está dormindo?

-Trabalhando. Irá dormir fora hoje.

Balancei a cabeça em concordância e fui me espremendo contra a porta a cada passo que minha irmã deu em minha direção, ficando bem perto de mim. Ela esticou o braço e acendeu a luz da sala, iluminando melhor nossas expressões. Elisa me avaliou de cima a baixo, os olhos estreitos e o cenho franzido. E de cara eu soube que ela descobriu alguma coisa.

-Você fodeu!- Soltou na lata. Primeiro eu me engasguei e depois bati meu cotovelo na porta com meu espasmo assustado.

-O que?!- Minha voz saiu esganiçada. Fechei meus olhos irritada comigo mesma por ser tão óbvia e péssima com mentiras.

-Maninha, você não engana ninguém. Sua cara diz tudo. Além de que o alfa com quem você foi para a cama tem um cheiro realmente marcante. Você inteira está fedendo a sexo e alfa.- Deu risada.

Fui pega no pulo. Sinceramente eu nem sei como consegui esconder meu romance por tanto tempo, ainda mais para Elisa que sempre sabe quando estou mentindo. Acho que até nesse momento o término dela não havia deixado brechas o suficiente para me vigiar e descobrir minhas peripécias.

-Ainda bem que a mamãe não está em casa. Ela teria sentido o cheiro em você à quilômetros.- Deu um tapinha em meu ombro.- Vá tomar um banho para me contar direitinho essa história. Estarei te esperando no quarto.- E sem mais nem menos me deu as costas e seguiu pelo corredor.- E não demora, tenho que acordar cedo amanhã.

Soltei o ar que estive segurando esse tempo todo e fiz uma careta.

-Droga.- Resmunguei. Derrotada segui até o banheiro e tomei meu terceiro banho do dia. Acabei rindo enquanto me secava por ainda conseguir sentir o cheiro de Lauren em mim, mesmo que muito mais fraco. A bandida realmente marcou território em meu corpo.

Me enrolei na toalha e sem ter para onde fugir entrei no quarto que divido com minha irmã. Elisa parou de mexer no celular e se ajeitou em sua cama, até ficar sentada de frente para mim.

Mon Cher - ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora