Capítulo 23

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Salvatore e Beatrice aproveitaram a vinda ao país e resolveram ficar alguns dias na casa do filho.

A primeira visita foi as pressas, eles receberam a notícia da morte da nora, mas não puderam ficar por muito tempo. Desta vez, Salvatore e Beatrice planejavam ficar alguns dias com Giovanni, eles sentiam que o filho estava precisando de apoio.

A família Bennedetti era do tipo que se envolvia na vida dos filhos, no caso, do único filho. Justamente por este motivo, Giovanni resolveu viver no Brasil, longe da interferência de sua família.

— O que pensou que estava fazendo, Giovanni? — Salvatore esbravejou. — Era a missa de sua mulher, cazzo!

— Ele me deixou nervoso, babbo! — Levantou-se e andou pela sala.

— Mas, o que ele fez, ou falou que te deixou nervoso? Você é um homem de negócios, um Bennedetti, não é possível que ainda perca a cabeça por causa daquele coglione!

Giovanni voltou para sua cadeira. Ele não queria dizer ao pai que foi por causa de Gabriela.

— Deixe pra lá, babbo! Eu estava nervoso, aquela cerimônia me deixou nervoso. A mãe da Patrícia organizou-a para me atacar. Foi por isso... fique tranquilo, isso não se repetirá. — Relaxou em sua cadeira.

— Eu vou embora, deixei Beatrice sozinha com Madeleine... — riu. — Ela está doida para conversar com a maestrina. Preciso chegar logo antes que ela faça alguma besteira.

Giovanni cobriu seus olhos. Sua mãe era um caso perdido.

O italiano ouviu um toque na porta.

— Entre...

— Senhor, tem um minuto? — seu assistente perguntou.

— Tenho, entre...

— Já estou indo Giovanni, nos vemos em casa — Salvatore despediu-se.

— Até logo babbo... — acenou, ajeitou seu corpo à cadeira, e pegou os documentos que o assistente lhe oferecia.

— Esses são os documentos que tornam a Bennedetti & Co. acionista majoritária da Maximiliano.

Giovanni se debruçou sobre os documentos.

— Colocaram o aditivo que mandei? — folheou os papéis.

— Nosso jurídico disse que não há legalidade neste aditivo... — torceu os lábios sem graça.

O italiano voltou a se recostar a cadeira, e sorriu.

— Quem é o dono desse schifo(1), Otávio?

— O senhor, mas é que, eles disseram...

Bennedetti rasgou o documento.

— Mande fazer outro. Com o aditivo... Não estou preocupado com a legalidade desse contrato. Eu faço as leis aqui. Mande o advogado subir e falar comigo. — Virou sua cadeira e abriu seu computador pessoal.

— O novo advogado senhor?

Bennedetti o olhou com descaso.

— Sim, o novo advogado. Preciso explicar-lhe algumas coisas sobre as empresas Bennedetti. O rapazinho parece meio confuso. Vou elucidar seus pensamentos... ou, demiti-lo — riu. — Só dependerá dele.

— Esse será o quinto demitido, senhor Bennedetti. A diretora do RH pediu para o senhor controlar seus nervos.

Giovanni jogou sua cabeça para trás e gargalhou.

— Diga a diretora que meus nervos estão bem calmos. Pode ir Otávio, e não demore com o contrato, preciso assiná-lo antes que o Max desista da transação.

Entre o Amor e a Honra (Completo Na AMAZON)Onde histórias criam vida. Descubra agora