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Itachi não sabia sobre o que tratava-se aquela emergência, mas no momento que o encontrou no corredor, depois de ter saído do banheiro enxugando o cabelo na toalha, soube que havia alguma coisa séria acontecendo. Ele não lhe explicou nada e Itachi achou melhor não perguntar, então tudo o que sabia é que Naruto precisava ir pessoalmente resolver um problema e que ele não precisava se preocupar com nada pois Hak e Yona iriam ficar na cidade.
Não ouviu piadas nem flertes, somente o tom frio dos seus olhos e a tensão em sua voz.
Caminhando pela casa de Naruto naquela tarde, revirando o tablet que ganhou de sua mãe para descobrir se Sasuke tinha alguma relação com a emergência que fez Naruto parecer tão irritado, ele parava na frente de um quadro com foto ou uma janela e perdia-se em pensamentos. Parecia que Naruto não trazia os negócios para sua casa, não havia nenhum escritório para receber visitas e nem sequer um cômodo onde pudesse resolver seus problemas e foi assim que Itachi entendeu que aquela casa era o seu refúgio e foi justo para lá que Naruto o levou.
Revirou a conta do irmão, os e-mails trocados com os seus subordinados, os registros das vendas, mas não encontrou nenhuma indicação que ele era o problema que Naruto foi resolver e ao mesmo tempo que sentiu-se aliviado, sua imaginação começou a sair do controle, sentiu-se inquieto. Ao menos não foi uma perda total de tempo, conseguiu refinar melhor seus planos e argumentos para convencer Izuna a lhe apoiar com a ideia de ampliar as vendas para o exterior, a experiência dele seria crucial para terem sucesso.
Durante a ausência de Naruto, pesquisou e refinou seus planos, treinou no entardecer, conversou com Hinata para acertar os detalhes, assim sua mente não hesitaria quando o domingo chegasse.
No ínterim, Naruto precisou ficar dois dias inteiros fora resolvendo aquela emergência que os interrompeu.
A noite de sexta-feira estava avançando devagar e como a casa estava insuportavelmente silenciosa, Itachi decidiu, depois de muito hesitar, sentar-se na varanda. Tratar dos cachorros de Naruto durante sua ausência foi até tranquilo pois Kaiken notou sua hesitação e ficou perto dele, rosnando até mesmo para Kurama quando o cachorro tentou pular nele e com sua proteção, Itachi não ligou quando seis cachorros se aproximaram dele para deitar no piso de madeira.
Sem nada para fazer, Itachi pesquisou no tablet quais eram as raças desses cachorros. Descobriu que Kurama é um pastor belga malinois, e os dois maiores eram da raça bloodhound e que os filhotes que tentavam morder a barra das suas calças sempre que Kaiken se distraía por um mísero segundo eram labradores. Achou curioso que todos essas raças tinham um ótimo faro, não poderia ser coincidência, afinal tratava-se de Naruto e deveria existir um bom motivo para sua escolha.
Entreteu-se tentando descobrir qual era esse motivo quando viu faróis baixos de um carro se aproximando e sentiu o coração acelerar, alcançando a sua Sig Sauer por reflexo. Relaxou quando Kurama, que estava sendo incomodado pelos filhotes amarelos, abaixou as orelhas e abanou preguiçosamente a calda. Quando o carro aproximou-se o suficiente, viu os cabelos claros de Kakashi atrás do volante. Quando parou, acenou para Itachi e depois que Naruto desceu do carro, manobrou o carro e voltou pelo mesmo caminho.
Naruto andou devagar, os ombros ligeiramente caídos. Ele tinha um curativo na sobrancelha, a sombra fraca de olheiras abaixo dos olhos.
-Okaeri.
-O que isso significa? - Naruto perguntou, o cenho levemente franzido.
-Bem vindo de volta. E você responde tadaima, que significa voltei nesse momento, estou de volta.
-Ah - Naruto coçou o braço esquerdo, por cima daquela tatuagem parecida com a dele - Tadaima.
Ficaram olhando um para o outro em silêncio, Naruto parado no primeiro degrau, apertando o corrimão de madeira.
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Pragnieinie
FanfictionHavia um acordo de paz assinado entre a máfia Uchiha - líderes do tráfego de drogas e a máfia Uzumaki, que controla o tráfego de armas de fogo. O clã Uzumaki, de imigrantes poloneses, é tão temido que até a polícia prefere manter distância. Na véspe...