Capítulo 4 - Conhecendo meu alfa

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WIN





Depois de sair do coma, eu ainda fiquei por mais uma semana no hospital, para realizar alguns exames necessários e também para fazer a fisioterapia, confesso que foi muito difícil essa parte, por eu ter ficado tanto tempo sem fazer qualquer atividade física. Os médicos disseram que no acidente eu quebrei meu braço esquerdo e o fêmur, não tive lesões na coluna.

Sobre meu coma, a explicação que me deram: foi uma maneira do meu lobo me proteger, ele me fez apagar para que eu não sofresse. Os especialistas disseram que poderia ser algo emocional, mas, eu não lembro de nada desse dia, então, acredito que meu lobo fez isso para eu não sentir dor, tanto que só acordei depois que meu corpo estava totalmente recuperado.

Meu irmão trabalha o dia todo, mas, ele dormiu todos os dias comigo aqui no hospital. Quanto ao Alfa bonito, ele não veio mais como eu tinha pedido, isso foi bom, pois consegui colocar os pensamentos em ordem. Eis o que eu sei sobre ele: Um alfa que é o melhor amigo do meu irmão, ficou comigo em todo o período que fiquei em coma, ele é meu esposo, não temos filhotes, não temos ligação por meio da marca. Essa parte eu não entendi, se nos casamos, por que então ele não me marcou?

— Olá irmãozinho, vamos para casa?

— Totalmente pronto, não aguento mais ficar aqui. – Dou um pulo da cama –

— Vai com calma, você pode se machucar – Meu irmão vem logo para meu lado todo preocupado –

— Fica tranquilo, olha ... – Dou pulinhos — totalmente … recuperado – Fico ofegante –

— Totalmente? – Ele arqueia a sobrancelha — acho que você não pode exagerar, tá?

— Estou fora de forma, seis meses deitado me transformou em um sedentário! – Digo emburrado — vou voltar urgente para a academia!

— Depois conversamos sobre isso. – Seguimos em direção à saída — Ah, oi senhor Chivaree, como vai? – Ele me olha — Win, esse é o papa do Bright, você já conhece ele não é?

— Sim, eu vi o senhor aqui outro dia. Me desculpe por não ter conversado muito, aquele dia, é que eu … não me lembro mesmo de algumas situações ou pessoas.

— Tudo bem meu querido, eu não fui sensível com você, eu não imaginei que você estivesse sem memória – Ele é tão doce — Eu trouxe algumas coisas da sua casa, seu marido pediu para eu vir te entregar – Ele está carregando uma mala enorme –

— Me dê aqui, eu levo, sim? – Meu irmão pega a mala pesada –

— Obrigado querido, se precisar de qualquer coisa, não exite em me avisar, combinado?

— Claro … muito obrigado. – Mew agradece –

— Win, eu quero te dar um abraço, eu posso? – Ele pediu com tanto carinho que não pude negar. — Eu senti falta de você, meu querido e desse seu cheirinho. – O abraço dele é muito bom, me recorda a algo, eu me sinto tão protegido, estou totalmente relaxado – Que bom que você se sente à vontade comigo ainda … – O ômega me desperta e eu o olho confuso — Eu sinto pelos seus feromônios, querido. Posso te visitar?

— Claro que sim! Eu sinto que posso confiar no senhor. – Ele me abraça mais forte e me dá um beijo na cabeça, seguimos em direção à casa.

Chegamos em casa e me sinto muito estranho. Eu reconheço com detalhes esse lugar, passei minha infância e adolescência inteira aqui, mas, é como se faltasse algo não tenho certeza se na casa ou em mim, estou me sentindo diferente.

Existem várias fotografias espalhadas, dos meus pais, que não me lembro com tanta clareza, e do vovô Alfa que nos criou, o meu avô ômega morreu jovem, nem eu nem meu irmão o conhecemos, esses são os pais do mamã ômega. Os pais do papai alfa moravam em outra província e infelizmente também já faleceram.

REMEMBER THE LOVEOnde histórias criam vida. Descubra agora