Capítulo 8 - Família do meu alfa

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GULF







Quando eu cheguei em casa depois que eu voltei da casa do Win, tive muita sorte de ninguém ter percebido a minha ausência. Meu enteado chegou muito depois de mim e os funcionários do Prasert nem notaram que eu saí, pois, tive ajuda dos ômegas que cuidam da casa, e os seguranças não notaram que eu saí sozinho.

Toda vez é isso, muito complicado para eu escapar dessa prisão dourada sem ao menos um motorista particular, mas, dessa vez o alfa não estava em casa e passou duas semanas inteiras longe de mim, isso foi perfeito, assim não precisei olhar para a cara dele.

Em relação ao que eu fiz com o P'Mew, não me orgulho, eu não deveria ter me entregado a ele, por mais que eu odeie o meu marido eu não devia ter feito aquilo, além de ser errado eu me arrisquei muito.

O Prasert não me ligou durante sua viagem, mas, chegou bem estranho, muito calmo e legal de mais comigo. Estamos na mesa de jantar e eu estou me sentindo muito mais estranho que o normal.

— Como os meus ômegas passaram essas duas semanas na minha ausência?

— Muito bem. – Respondi seco –

— Foi bem divertido, papai, eu e o Gulf nos divertimos bastante, não foi? – Olhei desconfiado para meu enteado e apenas confirmei com a cabeça –

— Eu notei pela nossa ligação que você estava muito feliz mesmo, meu pequeno ômega. Especialmente no dia em que você saiu de casa. – Minha garganta secou e meu coração ficou acelerado –

— Isso … foi por eu ter visto o Win bem, eu fiquei muito feliz por meu amigo ter saído do coma. – Não deixa de ser verdade, já que eu realmente fiquei muito feliz por meu melhor amigo ter melhorado, mas, claro que não foi só por isso –

— Aquele ômega adorável finalmente acordou, que bom que ele foi capaz de te fazer ficar tão feliz daquele jeito, eu realmente gostei de te sentir com essa emoção, desde nossa primeira marca, foi a primeira vez que você ficou genuinamente feliz e me mostrou claramente isso.

— Isso porque você sabe muito bem que eu não sou um ômega feliz, muito pelo contrário.

— Eu realmente queria saber como te deixar feliz, Gulf. Nada que eu faço é suficiente.

— Você sabe muito bem como eu ficaria feliz, Prasert.

— Eu te dou tudo o que um alfa como eu poderia te dar, na verdade muito mais do que um alfa teria obrigação de dar ao seu ômega, e ainda permito seus caprichos.

— Você me mantém numa gaiola de ouro, sempre vigiado. Eu posso ter tudo o que o dinheiro é capaz de comprar, mas eu não tenho mais a minha liberdade, Prasert. São dois anos sem saber como respirar tranquilo, sem ser vigiado. – Eu me entristeço e faço questão de deixar claro para ele através da ligação. — Os meus  "caprichos" é você não me forçar a ser seu? Eu deveria te agradecer por não abusar de mim?

— Do jeito que você fala, até parece que eu sou um monstro. Se eu realmente fosse, nem permitiria você ter contato com aquele ômega. Ele é irmão daquele projeto de alfa que você ainda ama, não ache que eu sou bobo, meu pequeno. A única coisa que eu exigi foi meu querido filho te acompanhar, eu sei que ele fez como eu pedi, não foi?

— Claro que sim, papai. Eu acompanhei o Gulf o dia todo e nos comportamos, o Win é um amor, gosto muito dele. – Olho assustado para ele e ele pisca para mim. –

Eu estou me sentindo tonto e enjoado, eu não faço ideia do que esse garoto está aprontando, para me ajudar com essa mentira, a comida daqui é muito boa, mas estou me esforçando para engolir, eu só queria ir no banheiro vomitar de tão nervoso que eu estou.

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