Capítulo 13 - Enfrentando o problema

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GULF






Minha mente está a mil por hora, mal tenho sequer um segundo com a cabeça em paz sem pensar em como minha vida está mais caótica do que nunca.

Estou tentando manter a minha aparência tranquila e fazendo o impossível para agir normalmente dentro dessa casa para o Prasert não notar nenhuma diferença e desconfiar de alguma coisa.

Os remédios que o doutor Kritt receitou realmente são muito eficientes, todos os sintomas de gravidez estão mais suaves, os enjôos tem sido menos frequentes, mas me sinto muito cansado, eu mal tenho saído do meu quarto e sinto que os ômegas que trabalham aqui já estão desconfiados.

Tomei as pílulas que fazem o meu corpo simular um cio e posso dizer com certeza que foi uma das piores sensações que já tive em toda a minha vida durante esse período, as dores no meu corpo, os enjôos terríveis e a falta de sono me deixaram muito debilitado.

A única coisa que eu não senti foi a vontade de ter um alfa para ficar comigo, apesar de eu querer todo dia o meu alfa, meu amor perto de mim, durante o falso cio, eu me concentrei em monitorar as informações que eu deixava transparecer ao Prasert, acho que funcionou, pois, ele não me interrompeu em nenhum momento enquanto eu fingia trancado no meu quarto.

— Senhor Gulf … – Alguém bateu na porta, eu respirei fundo e fiz um esforço enorme para abrir. — Bom dia!

— Bom … dia … – Minha voz está bem arrastada por causa da indisposição.–

— Desculpe interrompê-lo, eu vim trazer o seu café da manhã, já que o senhor ainda não tinha descido à mesa.

— Obrigado … eu não estou com fome. – Digo tentando fechar a porta novamente, mas ele me interrompe. –

— Eu entendo, mas – Seu olhar baixou. — no seu estado, é melhor que se alimente para que não fique fraco de mais. – Imediatamente fiz o ômega entrar e fechei a porta. –

— Meu … estado?

— O senhor está esperando um filhotinho … – Ele disse envergonhado, e eu suspirei. — Não … se preocupe, eu e os outros funcionários não contamos a ninguém, mas é quase impossível não perceber, sendo ômega. – Assenti. –

— Por favor, mantenham esse segredo, pelo menos por um tempo, eu … quero contar ao meu marido em outro momento.

— Entendo, não se preocupe. – Ele deixou um sorriso. — Qualquer coisa que precisar, pode contar comigo, senhor Gulf. – Agradeci e ele saiu do meu quarto. –

Olhei para a comida e meu estômago embrulhou, eu não consigo nem provar direito o suco, mesmo me forçando a tomar, eu bebi menos da metade do copo.

O dia passou e eu permaneci preso dentro do meu quarto como nos outros dias, desci apenas na hora do jantar para acompanhar o alfa, que faz questão de jantar comigo todos os dias. Dessa vez, eu estou faminto, por não ter comido quase nada mais cedo e isso me ajudou a disfarçar a minha falta de apetite rotineira por causa do enjôo na frente do Prasert.

Ele iniciou uma conversa sem sentido perguntando como foi o meu dia e outras baboseiras cheias de fingimento que até hoje eu não entendo o porquê de ele fazer questão, eu respondi aleatoriamente, enquanto o Kamon se mantinha sério.

— Pequeno Ômega, tem certeza que está bem? – Olhei para o Kamon e depois para o alfa. –

— Eu … estou bem! – Disse me sentindo nervoso. –

— Sinto que você está aparentemente em boas condições, mas algo na sua aparência não parece adequado.

— Papai que péssima maneira de falar com seu ômega! Ele deveria receber elogios não críticas sobre sua aparência! – O alfa esboçou um sorriso. –

REMEMBER THE LOVEOnde histórias criam vida. Descubra agora