Capítulo 66 - A distância aproxima

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GULF






Faz exatamente 1 mês e duas semanas que estou aqui, já fiz de tudo nesta cidade para me manter ocupado e distrair minha mente do fato que estou longe do meu bolinho. É a maior prova de resistência que eu já passei, mesmo falando com o P'Mew praticamente todos os dias, fazendo vídeo chamada, isso não aplaca essa saudade que eu sinto do meu filhote.

Caí na cama depois de voltar da minha orientação, agora são 21 horas. Confesso que me sinto decepcionado, pois o P'Mew havia me dito que traria o Alex, eu fiquei completamente eufórico, mas de repente ele me disse que precisaria adiar a visita.

Ele me contou sobre o pai do A-wut e sinto muita pena dele e do que sua família está passando, eu não consigo imaginar o que seria de mim se meu mamã não tivesse melhorado. Por isso eu entendi que agora o P'Mew precisa ficar ao lado dele, nesse momento todo apoio é importante. De repente recebi uma mensagem no meu celular.

Pimiu☀️❤️: Vc está dormindo?

Gulf🌻: Não 🤔

Gulf🌻: 4am em BKK 😳 Não é muito cedo para vc estar acordado?

Pimiu☀️❤️: Precisava falar com vc 😅

Pimiu☀️❤️: Vou levar o 🧁 para vc ainda essa semana 😇

Gulf🌻: 😭😭😭😭😭😭

Gulf 🌻: Fala sério? 🥺

Pimiu ☀️❤️: Mt sério 😇😇

Gulf 🌻: 😭😭😭😭😭

Gulf 🌻: MT OBG P'MEW 😭❤️

Os dias demoraram para passar. Desde o dia que o P'Mew me mandou aquela mensagem parece que o relógio parou, nem consigo explicar o nível de ansiedade que estou nesse momento. Toda hora olho para o quadro de horários de voos no aeroporto, esperando o momento de ir para o portão de desembarque e agarrar meu bebê.

Quando finalmente chegou a hora, eu fui correndo encontrá-los. Ele estava total black, com jaqueta, gorro e óculos escuros. Confesso que o meu coração errou uma batida quando o vi. O P'Mew sorriu largo para mim e eu sorri de volta instintivamente.

Olhei mais detalhadamente e percebi que ele arrastava uma mala bem grande e mais outras malas dentro do carrinho de bebê com a cadeirinha acoplada. Nosso filho estava dormindo dentro do canguru, pendurado no corpo do papai.

— Vocês devem estar tão cansados … – Disse assim que nos aproximamos. –

— Ele com certeza está mais. – Ele sorriu. — Mas confesso que preciso de um banho. – Encarei ele por alguns instantes. –

— Vamos para casa, deixa eu te ajudar com tudo isso … eu chamei um táxi. – Ele assentiu. –

(...)

Depois que o P'Mew saiu do banho, eu já havia tirado toda a roupinha do bolinho. Ele chegou todo empacotado, lá fora está fazendo uns 13° graus, nada comparado ao clima de nosso país natal, mas aqui dentro de casa está bem aquecido, não precisamos ficar cheios de roupas.

— Ele não acordou? – Percebi ele se aproximar da gente e tocar a pele do bolinho. — Ele está quente …

— Acho que está com um resfriado. – Suspirei. — Vou dar um banho nele agora, depois vou acordá-lo para tomar o remédio. – Ele assentiu com o semblante preocupado. — Está tudo bem, P' Mew …

Entrei no chuveiro com o Alex, deixei a água morna cair sobre a gente e notei ele despertar, quando se sentiu molhado ele se aninhou no meu corpo, enquanto eu acariciava seu cabelo.

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