Capítulo 58 - Guarda unilateral

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GULF



Hoje foi o primeiro dia de reunião com o conciliador para tratar sobre a guarda unilateral do Alexander. Pois é, o P'Mew realmente deu entrada no processo e agora precisamos entrar em um consenso sobre como lidar com esse impasse. Eu não quero desistir da guarda do meu filho e meu ex não quer de jeito nenhum permanecer com a guarda compartilhada.

Ele alegou ao juiz que gostaria de estar errado, mas que precisa proteger a integridade física do bolinho. O P'Mew contou ao juiz da vara de família tudo o que estava engasgado na garganta sobre minha família e é claro, o último evento, o sequestro do Alex.

O Juiz deixou claro que o mais importante no momento era a segurança do meu filhote e que ele deve permanecer em um lar que seja seguro e estável para ele se desenvolver de maneira saudável e como já iniciamos a introdução alimentar, ele pode sim ir morar definitivamente com o P'Mew.

— Como eu disse a vocês, o objetivo dessa audiência é discutirmos sobre o que é melhor para o menor. Eu percebo que ambos têm discordâncias em relação a ceder a guarda, mas concordam que o Alexander ficaria bem com qualquer um dos senhores.

— A única coisa que eu desejo é proteger o meu filho e o Gulf sabe disso. – Ele iniciou bem sério. — Se aquele homem não estivesse a todo momento o rodeando, eu não me importaria de continuar como estamos, mas o último episódio foi a gota d'água para mim. – Suspirei. –

— Esse desgaste entre a gente é algo que eu sempre quis evitar … você sabe muito bem que está sendo injusto comigo, P'Mew. – Olhei sério pra ele — Eu não vou desistir do Alex.

O Juiz encerrou a sessão com o impasse. O Mild me garantiu que iria usar todas as armas que tiver para evitar que o P'Mew consiga a guarda unilateral do Alex, apesar do meu instinto me dizer que ele tem mais chance de ganhar a causa do que eu. O advogado dele é conhecido por ganhar todos os processos da vara de família que ele se compromete.

— Fica tranquilo, Gulf você vai conseguir, eu te garanto. – Ele tentou me consolar. –

— Obrigado, Mild … e quanto ao caso do Prasert? Eu realmente preciso que ele me deixe em paz.

— Eu vou reiterar o pedido de medida protetiva, mas como eu te disse, denunciá-lo por sequestro sem provas não rola, você ouviu o que o delegado falou.

O Mild tem razão, no dia seguinte ao sequestro do Alex eu fui denunciar o Prasert, mas não tive como comprovar minhas acusações. O Nari entrou no carro sem ser coagido, ele não machucou o meu filho e eu quem infringi a medida protetiva por ter ido buscar meu filhote na casa dele. Ou seja, a justiça está do lado daquele infeliz, não há o que fazer.

(...)

— Gulf … – O Jack bateu na porta e entrou. — Te incomodo? – Neguei. — Eu vim saber como você está …

— Estou bem … – Suspirei. –

— Você não parece bem. Eu … eu sei que depois daquele jantar as coisas ficaram estranhas, mas eu queria me desculpar pelo beijo roubado.

— Não precisa … não foi nada demais a gente bebeu e acabou rolando.

— Para você pode ter sido culpa do vinho, mas quero que saiba que eu realmente quis te beijar aquele dia. – Ele disse sério olhando nos meus olhos. –

— Jack …

— Eu sei … você já me disse que não quer se relacionar com ninguém e eu te entendo.

— Obrigado.

— Mas saiba que vou fazer o impossível para você me dar uma chance. – Ele se aproximou e tocou o meu rosto, meu coração acelerou. — Eu realmente gosto de você, Gulf. –

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