Parte 2.

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Harry estava confuso, desde que ele havia começado em Hogwarts, ele tinha aprendido que Lily Evans e James Potter, eram seus pais, porém, no final de seu primeiro ano, ao enfrentar Lord Voldemort, o homem que havia matado seus pais, ele descobriu que sua Professora de Poções, era na verdade sua mãe, mas não sabia sobre isso pois teve suas memórias apagadas pelo seu próprio pai, James Potter!

Mas... Mas não foi por que eles queriam, tinha sido um acidente que ocorreu durante uma batalha onde sua mãe estava infiltrada nas fileiras dos comensais da morte, e não tinha como reverter o feitiço. Pois era um obliviate misturado com um tipo de confundus, era um feitiço que sua mãe havia criado, Voldemort havia explicado que naquela época as coisas estavam confusas até mesmo para ele.

E quando o feitiço foi feito, Severin havia se esquecido que era casada, tinha um filho e estava tentando ajudá-lo a se livrar de seu avô que estava controlando seu corpo, e pensava que havia decidido tomar controle de sua vida e conceitos distorcidos de novo e seguir sua vida como uma comensal da morte. Severin havia descoberto sozinha o que havia acontecido com ele quando era um bebê e decidiu ajudá-lo, Dumbledore estava ciente e estava tentando ajudá-la também, mas tudo deu errado, seu avô havia conseguido tomar o controle total de seu corpo, e matou Lily e James, e por fim, tentou matá-lo.

Disse também que não sabia como havia sobrevivido, mas sabia que seu avô ainda estava vivo também, em alguma parte dele, ele havia vindo para Hogwarts para tentar conseguir a pedra filosofal para conseguir seu corpo de volta e separá-lo de seu avô, só que desta vez, Dumbledore não estava ciente dele estar ali e nem sabia sobre sua tentativa de conseguir a pedra.

No meio de sua explicação, algo sinistro aconteceu, uma sombra deixou o corpo de Voldemort e tentou atacá-los, em uma tentativa de protegê-lo, Voldemort lutou contra a sombra e mandou ele fugir dali o mais rápido que conseguia.

Só que deu tudo errado, de alguma forma a pedra apareceu em seu bolso e a sombra tentou atacá-lo, Voldemort fez um feitiço estranho e mandou ele salvar sua mãe, fazê-la acreditar nela mesma e fazê-la voltar a ser a mulher incrível que tentou ajudá-lo. Harry não entendeu o que estava acontecendo e o que ele quis dizer com aquilo, até estar de frente com quatro meninos que ele não conhecia que estava atacando uma jovem que ele reconheceria em qualquer lugar.

Só que ela estava diferente, ela parecia um menino, não a bela mulher que ele conheceu durante aquela primeiro ano em Hogwarts, isso o deixou confuso, mas não menos feliz por ter uma mãe que poderia amá-lo e tirá-lo dos Durleys.

Por isso ele não hesitou em ajudar sua mãe e fazer aqueles meninos malvados que o lembraram de Dudley. Eles eram perversos e ruins, ele podia ver isso pela diversão brilhando nos olhos deles enquanto eles machucava sua mãe e tentavam tirar sua roupa na frente daquele monte de gente!

Era confuso, estranho e completamente errado!

Harry sabia que havia mentido para Severin sobre como foi parar ali, mas se ele estivesse correto, ele havia voltado no tempo e algumas coisas ainda teriam que acontecer. Ele lembra daquele filme que viu escondido de seus tios quando eles o deixaram sozinho em casa, do menino que voltava no tempo e conhecia seus pais jovens, então, ele não podia interferir muito, quer dizer, se ele quisesse mudar o futuro, ele teria que interferir, não é?

É, estava decidido, ele ia interferir em tudo! Tudo mesmo, ele poderia ter 11 anos e isso poderia ser muita responsabilidade, mas ele estava determinado a conseguir mudar o futuro! Ele ia salvar Voldemort e ia salvar sua mãe no processo.

Caminhando a passos decidos pelos corredores de Hogwarts, Harry ajeitou os pertences de sua mãe em seus braços e acabou levando um susto quando uma mão grande pousou em seus ombros magros e doloridos da queda que havia levado na luta contra aquela sombra assustadora na escada.

— Ai. — Murmurou dolorido e se afastou da mão dando de cara com um menino que parecia ser do terceiro ano. — Huh... Oi, quem é você?

— Sou Barthy, e você é? — Barthy questionou arqueando uma sobrancelha e Harry o olhou por alguns segundos.

— Harry. Só Harry. — Respondeu voltando a caminhar.

— Então, só Harry, quem é você e por que ajudou meu amigo? — Barthy questionou caminhando ao lado dele e Harry franziu o cenho.

— Amigo? Que amigo? A única pessoa que eu ajudei foi minha mãe. — Harry respondeu confuso.

— Severus. — Barthy respondeu e Harry parou de andar o olhando em confusão.

— Severus? Não, eu ajudei minha mãe, Severin, Severin Snape, ela é menina, não menino. — Harry apontou confuso e Barthy o olhou com estranheza. — Ela é brilhante, malvada, mas brilhante em poções! — Falou sorrindo animado.

— Estamos falando da mesma pessoa, filhote de gato? — Barthy questionou confuso. — Mesmo que fosse possível Severus engravidar, o que seria muito caro, pois teriam que ter poções, muita magia e... — Barthy se interrompeu ao se lembrar que estava falando com um primeiro ano e não com um terceiro ou quarto. — Abraços e beijos. — Completou e ficou satisfeito consigo mesmo.

— Você está falando de sexo? Eu sei o que é isso, eu aprendi na primeira série no mundo trouxa, você não aprendeu isso? É como os bebês são feitos cara. — Harry questionou parecendo incrédulo e Barthy tropeçou nos próprios pés se engasgando com o ar.

— Merlin! Por que em nome de Morgana ensinaram isso para crianças? — Barthy questionou confuso.

— Pois tem pessoas ruins que se forçam em uma criança. E essa criança ficar ciente de que o adulto que fez isso com ela, é errado. — Harry respondeu dando de ombros. — Vocês não aprendem isso aqui?

— Não. Por que diabos íamos aprender isso? Crianças são muito preciosas para o mundo bruxo, seja ela nascida trouxa ou não, ainda é uma criança com magia, ninguém ousaria fazer tal coisa com uma criança, certo? — Barthy mais se questionou do que perguntou ao mais novo.

— Faria sim, eu tive uma amiga uma vez que o tio dela fazia isso com ela, e ela não era uma bruxa, era uma trouxa, ela não aguentou e... — Harry fez uma pausa parecendo ficar triste. — Ela só não aguentou. — Murmurou e Barthy leu nas entrelinhas sobre o que o menino mais novo quis dizer e engoliu em seco.

— É por isso que odeio trouxas. — Murmurou raivoso.

— Então você vai ter que odiar 7 bilhões de trouxas, pois tirando a parte da população bruxa, é esse tanto de gente que você vai ter que odiar. — Harry apontou sarcástico deixando Barthy surpreso.

— 7 bilhões? — Murmurou atordoado.

— Aliás, nem todos os trouxas são malvados, alguns são bons, assim como a Professora Burns, ela tentou ajudar minha amiga antes dela não aguentar e também tentou me ajudar antes que eu fosse para Hogwarts, é complicado, o ser humano é complicado. — Harry falou cabisbaixo e parou na frente da porta da sala de poções.

— Você está realmente dizendo a verdade? Severus é realmente sua mãe? — Barthy questionou curioso e desconfiado, Harry parou por um momento e o encarou nos olhos.

— Vendo pelo modo como vim parar aqui com a ajuda de uma pessoa inusitada até mesmo para mim, creio que tenho motivos o suficiente para acreditar na palavra dessa pessoa. — Harry respondeu dando de ombros.

— E quem seria essa pessoa? — Barthy questionou curioso.

— O Lord das Trevas. — Respondeu simples e entrou na sala de poções deixando um Barthy boquiaberta para trás.

Ele... é ela?Onde histórias criam vida. Descubra agora