War of Hearts

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Qual era a resposta para a situação aonde tudo parecia conspirar e me colocar ao lado de Connor? Pra ele poderia ser apenas coincidência, mas eu estava convicta de que era mais do que isso

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Qual era a resposta para a situação aonde tudo parecia conspirar e me colocar ao lado de Connor?
Pra ele poderia ser apenas coincidência, mas eu estava convicta de que era mais do que isso. Porque a ex mulher dele, que tinha como missão nos empacar, resolveu praticamente me obrigar a ir nesse jantar como um par dele?

Eu estive pensando enquanto o silêncio no carro parecia estranho e confuso pra mim. Connor colocou uma música desde que entramos naquele carro, e tudo que se ouvia era a voz dos Beatles naquele momento.

O silêncio entre nós dois costumava ser confortável, mas agora parecia haver uma cratera entre a gente. 

Eu queria quebrar aquele silêncio, mas  o que eu poderia falar? Olívia não era uma alternativa, porque era comum e por mais que ele fosse o único motivo de nos manter unidos, não parecia um assunto apropriado ao que aconteceu entre a gente na outra noite.

Depois daquilo, apenas terminamos de limpar o banheiro e Connor se trancou no quarto dele. Não havia nada que o fizesse ficar.

E merda, como eu queria que ele tivesse ficado e me feito sentir tudo o que eu sentia quando estávamos juntos.

War of Hearts da Ruelle começou a tocar assim que acabou a música dos Beatles. Era de se estranhar Connor ouvindo uma música recente assim, se não tivesse tocando músicas numa rádio local.
Ele sempre foi adepto as músicas antigas, achava que tinha mais conteúdo e que os artistas atuais não sabiam como fazer músicas.

O que eu era totalmente contra.

Aquela música inclusive, era boa e tinha uma letra até que desconcertante para duas pessoas na nossa situação. Bom, eu realmente não poderia deixar de ama-lo. Contudo, acho que Connor não conhecia aquela música, ou não teria deixá-la tocar até metade da canção quando ele meteu o dedo no rádio e desligou.

O silêncio podia ficar mais estranho? Claro.

— Porque tirou a música? – perguntei baixinho.

— Você chama aquilo de música? – tentou parecer indiferente, se concentrando na estrada.

— Você realmente tirou porque não considera uma boa canção, ou porque sentiu algo?

— Não diga bobagens.... – ele pigarreou, e se a luz dentro do carro não fosse fraca, eu me arriscaria em dizer que ele estava cortando. – O que eu poderia ter sentido? – a última frase saiu em quase um sussurro.

— Eu não sei, mas essa música pode falar muito comigo.

— Talvez você esteja vendo coisas. – ele apertou os nós dos dedos no volante – Tente não levar aquele dia pro pessoal, foi apenas uma atração de momento. Não vai acontecer novamente, não podemos arriscar.

— O que estaríamos arriscando? – perguntei.

Mas não tive uma resposta, porque ele achou uma ótima desculpa para evita-la quando estava estacionando numa vaga em frente a casa de Elizabeth.

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