By your side

176 19 3
                                    

— Connor, fala comigo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Connor, fala comigo. O que aconteceu? – supliquei, vendo suas íris azuis dilatadas.

Ele dificilmente ficava em choque, então a ligação parecia ser mais importante do que eu pensei. Que bom que eu o encorajei a atender ou aquele celular iria continuar tocando até que ele fosse embora, explodindo as nossas cabeças e Connor nunca iria descobrir o que estava acontecendo.

Ele desligou o aparelho sem dizer mais nenhuma palavra. Seus olhos esbugalharam, e seus lábios tremeram.

— Chase sofreu um acidente de carro. Eu preciso ir....

Ele estava transtornado, não parecia estar tão bem e tão são para que eu o deixasse ir assim. Segurei seu pulso o impedindo de ir.

Seja lá o que tivesse vindo fazer, os planos mudaram. Era Chase, mais importante do que qualquer briga e birra entre nós dois. E aquele era o Connor, o pai da minha filha, o homem que eu amava. Eu precisava cuidar dele e não deixá-lo sair sozinho naquele estado.

— Você não pode ir assim, ok? Ou no final das contas vão ser dois acidentados.

— É o meu filho. Eu preciso ir.

— Eu levo você.

— Pretende deixar a Olívia sozinha?

Eu não pretendia. Não me esqueci dela, e também não estava pensando em tira-la de casa naquela hora da noite. Mas eu tinha uma vizinha a minha frente que eu contava como babá reserva para essas horas de emergência.

Ela era adolescente e gostava de fazer esse serviço para garantir algum dinheiro. Depois de bater na porta dela, não foi difícil convencer de ficar com Olívia. Apesar de tarde, ainda não estava dormindo.

Passaram-se cinco longos minutos desde que entramos no meu carro, para Connor parecer estar se recuperando do impacto da notícia.

Ele estava muito sério e começou a se remexer deixando evidente o quanto estava desconfortável. Olhou pra mim e depois pra frente novamente, bagunçando seu cabelo descontroladamente.

— Eu estou pensando se ele não pode ter bebido.

— Ele não estava sóbrio?

— Mas eu briguei com ele. Falei muita coisa. Você sabe como Chase reage as situações.

Pensei em dizer alguma coisa, sobretudo como ele gostava de comparar os filhos. Isso podia mexer com o psicológico dele.

Mas não era o momento de fazer críticas. Não era o momento de querer da lição de me moral quando Connor precisava de apoio. Tirei a minha mão do volante e estiquei para pegar a dele.

Não estávamos num bom momento, mas não era hora de colocar nossa briga acima de tudo. Dei um ultimato, mas podia colocar uma pedra em cima disso por enquanto. Precisava estar ao lado dele mesmo no momento ruim.

A little piece of meOnde histórias criam vida. Descubra agora