Wake up

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— Você precisa ir pra casa descansar um pouco – falei, apoiando a mão no ombro de Grace – e dar um pouco de atenção a sua filha

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— Você precisa ir pra casa descansar um pouco – falei, apoiando a mão no ombro de Grace – e dar um pouco de atenção a sua filha. Ela precisa de você.

Ele estava enfiada nesse quarto de hospital há dias, a espera de alguma mudança no estado de Chase. Era minha obrigação estar com ele e não dela.
Precisava continuar seguindo com sua vida, mesmo que estivesse se sentindo culpada porque Chase ainda não podia fazer o mesmo.

Quando era pequena, Chase era o ídolo dela. Não apenas na infância, mas durante a adolescência. Costumava segui-los para todo canto e apoiar as besteiras que ele fazia por mais que soubesse que era errado.

Era compreensível que estivesse tão abalada. Mas precisava dar continuidade as duas coisas, inclusive nos estudos.

— Eu não quero estar longe quando ele acordar. Quero que saiba que eu sempre estive aqui.

— Ele vai saber, filha. E não está sozinho, sabe que essas pessoas nesse hospital são as melhores para cuidar dele. E sua mãe – acenei com a cabeça para a porta – Não sai daqui por um segundo.

Ela resmungou alguma coisa e olhou para mim.

— Claro, ele é o bebê da mamãe. Me surpreende que ela não tenha feito um escândalo dramático.

— Lizzie tem mais controle do que aparenta ter. Você sabe que não adianta ficar aqui.... Seu irmão está progredindo, vai ficar bem. Você quem não pode parar o percurso da sua vida agora.

— Tudo bem. – Grace concordou me deixando aliviado – Eu vou em casa tomar um banho. Quer que eu traga alguma coisa pra você?

— Não precisa. Eu estou bem.

Por mais que tentasse parecer, bem era tudo o que eu não estava. Contudo, eu era o pai deles. Eu tinha a obrigação de mostrar força para eles e oferece apoio em todos os momentos.

Claro que o toxicológico de Chase testou negativo para álcool, mas nada me tirava da cabeça que se eu não tivesse gritando com ele, as coisas podiam ser diferentes.
Eu deveria ser mais resiliente com ele.

Por mais que fosse uma pessoa difícil. Ele era. Era quase impossível lidar com ele como não era impossível com Grace. Mas era isso que Fallon tentava me dizer.

Eu deveria parar de procurar Grace no meu filho mais velho, porque cada um deles tinham suas próprias características e personalidades.

Droga. Eu ferrei completamente com tudo.

Grace começou a se retirar do quarto, mas conteve os passos e virou para mim.

— Pai, você não me contou..... Como foi com a Fallon aquele dia?

— Não foi. – respondi direto. Não era importante naquele momento. Não quando Chase estava em coma – Eu não consegui falar com ela como me sentia. A ligação me interrompeu antes que eu pudesse falar.

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