Pior que Uchiha

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- Percebeu só agora? - Perguntei desafiadora, mas rindo ladina. - Você é marrento, mas até que depois de um pouco de convivência, fica um pouquinho melhor. - Falei próxima dele.

Tobirama: - Um pouquinho? - Ele se aproximou.

 - É, um pouquinho. - Aproximei o meu rosto do ouvido dele e coloquei a minha mão sob o ombro dele e me levantei um pouco. - Tá pensando que vai fazer o que se aproximando de mim assim? - Perguntei em tom de sussurro e ri baixo perto do ouvido dele. - Tobirama... você é fácil demais.

Tobirama: - Tá querendo dizer o que? - Ele perguntou no mesmo tom. - Por acaso você está me testando? - Ele perguntou e sorriu no meu ouvido. - Olhe como você está e repita isso que falou. - Ele falou pressionando meu corpo cada vez mais contra a árvore.

- Você me testou. Por que não poderia te testar também? - Passei a mão pelo pescoço dele e ele segurou a minha cintura com uma das mãos e alisou a parte de baixo das minhas costas. 

Tobirama: - Você é pior que Uchiha mesmo... - Ele disse baixo, mas provocante enquanto alisa as minhas costas com a mão.

- Vou entender isso como um elogio. - Desci a minha boca a passando de leve pelo pescoço dele.

Tobirama: - E o que acontece se eu reprovar nesse teste? - Ele perguntou próximo ao meu ouvido enquanto eu e subi até o ouvido dele.

- Por que você ainda pergunta se já sabe a resposta? - Perguntei e sorri um pouco sarcástica. - Você é bem engraçado mesmo. - Encostei o meu nariz no dele.

Tobirama: - Para... que eu não quero perder o controle aqui... - Ele falou inclinando a cabeça para mais perto.

- Isso você já perdeu. - Coloquei o dedo na boca dele, o impedindo de se aproximar. - Você achou que eu ia mesmo me entregar pra você? - Tirei o dedo da boca dele e coloquei minha boca bem próxima das boca dele e coloquei a mão na nuca dele a alisando em toques leves. - Só te digo uma coisa. - Cheguei ainda mais perto, quase encostando na boca do mesmo. - Você se enganou. - Me afastei dele e me soltei do mesmo.

Tobirama: - Cara de pau. - Ele se reompôs.

- Sou mesmo, não vou me vender para você. - Respondo o olhando debochada.

Tobirama: - Você é a pior raça de gente que existe. - Ele falou sério, mas soltou um sorriso ladino.

- Posso dizer o mesmo de você. - Falei ainda o olhando. 

Tobirama: - Daqui a pouco escurece, vamos montar o acampamento.

- Sim, vamos. - Pegamos as coisas e andamos um pouco mais a frente. 

Montamos as coisas e nos organizamos.

Tobirama: - Amanhã vamos ter muito mais trabalho pela frente, então já sabe.

- Ter que descansar muito bem e...

Eu e Tobirama: - Chega de testes. - Falamos ao mesmo tempo e com os olhos semicerrados um para o outro.

- Eu só quero achar alguns adversários bons nessa missão. Só tem bandidos por aqui... - Revirei os olhos.

Tobirama: - Devia agradecer por não achar ninjas assim, seria um problema grande demais, e isso é a ultima coisa que precisamos.

- Sem graça.

Tobirama: - Não vai comer não?

- Não, tô sem fome.

Tobirama: - Quer morrer assim? - Ele perguntou me olhando de braços cruzados.

- Eu não vou morrer, morrendo eu tô de fazer essa missão com você.

Tobirama: - Posso dizer o mesmo.

- Mas... pelo menos, as brigas diminuíram, não sei como, mas diminuíram.

Tobirama: - Era isso que o Hashirama queria, tenho certeza.

- Tenho certeza disso. - Fiquei olhando as estrelas com uma mão em cima do peito e o braço em cima da testa. - Quero ir para a aldeia também... - Falei calma.

Tobirama: - Você não é a única. - Ele se deitou no chão, fazendo o mesmo que eu.

- Tá distante por que? - Perguntei olhando para as estrelas e virei meu rosto para ele.

Tobirama: - Por que eu me deitei aqui.

- Vem mais pra cá. - O chamei dando batidas fracas no chão sinalizando para ele vir e ele me olhou desconfiado. - Sem testes. - Eu ri.

■ TOBIRAMA ■

Continuei no meu lugar e voltei a olhar o céu. Até que escutei ela se levantar e se deitar próxima a mim, olhando as estrelas novamente.

- Por que veio? - Perguntei sem tirar o foco do céu.

S/n: - Você não foi, então eu vim. - Ela respondeu sem olhar para mim olhando para o céu.

- Sei... 

S/n: - Sem testes ou provações. Juro. - Ela respondeu entre risos baixos.

- Assim espero. 

S/n: - Ah qual é, você tinha feito comigo, por que eu não posso fazer com você?

- Você é você, eu sou eu.

S/n: - Ah nem vem. Chega de discussões, eu não quero discutir agora. - Ela disse olhando para o céu.

Ficamos um tempo olhando para as estrelas, até que ela começou a medir alguma coisa com a mão.

- Tá fazendo o que?

S/n: - Medindo as estrelas, procurando constelações.

- Achou alguma? - Eu ri.

S/n: - Sim, achei um parecido com um escorpião. - Ela disse apontando para lá.

- Onde? - Perguntei procurando.

S/n: - Olha pra onde meu dedo tá apontando. - Fiz como ela disse. - Tá vendo?

- Sim. - Falei observando a constelação.

S/n: - O céu é muito bonito aqui... - Ela disse encantada.

- Você sempre gostou dessas coisas? - Me referi às constelações.

S/n: - Eu sempre gostei com os meus irmãos, foi o que o vovô deixou para nós antes de... morrer... - Ela falou mais tristonha e suspirou.

- O que aconteceu?

S/n: - Morreu de velhice... Não que você se importe.

- Quem te falou que eu não me importo?

Imagine Tobirama - Eu te Odeio!... Mas te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora