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quinze. sacrifícios necessários de uma capitã.
JADE DEIXARIA PARA RECLAMAR COM OS deuses mais tarde. Naquele momento, só precisava garantir que seu navio não fosse para o fundo do mar pela segunda vez. Ela segurou firme a ponta da corda e correu para a popa, onde todos os outros tripulantes estavam. Encolhidos pelo medo imposto pelas serpentes.
Mas Jade não. Ela não tinha medo delas e não permitiria que Hermes levasse seu navio. Com seu plano em mente, ela fez uma rápida prece para Poseidon antes de gritar mais ordens:
— Eu preciso que vocês pulem! Façam esse navio balançar mais do que uma pena ao vento! — ela exclamou em alto e bom som.
Alguns fizeram caras confusas, mas os berros de Jade os colocaram em ação. Com o peso da tripulação pulando numa extremidade da embarcação, ela começou a se inclinar na água. A popa se levantava do mar como se não pesasse nada, balançando tudo e todos em cima do navio. Houve um momento em que o barco se inclinou quase completamente, praticamente virando de cabeça para baixo. Muñoz rezou para seu pai novamente.
Então a capitã começou a puxar a corda que segurava. Sua intenção era fazer o mastro principal se virar, levando as velas a virarem e também o navio. Mas as cobras estavam mais irritadas, soltando sons perturbadores, mostrando suas presas, ameaçando matar cada um naquele navio. Jade puxou a corda com mais força. Elas estavam chegando. A corda começou a desfiar, mas o peso de Jade estava todo apoiado nela.
Se ele não fizesse sacrifícios, ninguém mais faria. Muñoz respirou fundo, enrolou a corda no braço, deixando marcas ardentes para trás. Ela arrumou seu chapéu e encarou o horizonte borrado pela tempestade crescente e aterrorizante.
— Jack! — chamou-o com um tom alto de voz — Quando o navio se virar, você precisa mandá-los atirarem. Até que não haja mais cobras, entendeu?!
— Por que você mesma não dá as ordens?
Ela sorriu, mas não respondeu. Beijou o anel de tridente no dedo anelar e se jogou na imensidão azul do oceano. A corda arrebentou e ela caiu nas águas tempestuosas. De longe, ela ouviu os gritos de Jack, James e Elizabeth.
No meio das ondas fortes e altas, Jade não nadava com a mesma força, mas ainda assim, os domínios de seu pai pareciam querer ajudá-la. Quando estava prestes a ser atingida pelo casco do navio, uma velha conhecida sua apareceu. Uma enorme baleia Orca, nadando rapidamente a resgatou. Levando Jade nas costas para longe do perigo, das serpentes e do Fúria.
