0.7

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— Onde o Sero está? - a sobrancelha de Eijirou se ergueu quando percebeu que Denki e Ojiro voltaram para a base sozinhos. 

— Em um puteiro. - Kaminari respondeu — ainda indignado — e Eijirou quase cuspiu o café que bebia com a escolha de palavras. 

— Essa hora? Não tá meio cedo não? - pigarreou, tentando se recompor. 

— Diz ele que foi até lá pra investigar o paradeiro do outro chefinho. - Denki suspirou, se jogando na poltrona em frente a mesa do ruivo e se acomodando todo largado. — Mas eu não acredito muito não. 

— Em que...cabaré, ele tá? 

— O da Charlotte. - Ojiro respondeu, percebendo quando o olhar do alfa ficou mais sério. — Conhece chefe? 

— Um dos capangas do Chibe é cliente frequente lá. - resmunga, coçando a barba rala — desleixo por ficar tanto tempo com a cabeça em seu marido e não se importando nenhum pouco com a própria aparência. — Ele tem estado sob minha vigia, por assim dizer. 

— E qual o nome dele? - Kaminari se empertigou, curioso. 

Eijirou mordeu a mandíbula antes de responder, somente o nome do filho da puta o enchendo de raiva. 

— Bongo.

Em outro lugar....

Você sorriu, o guiando até um dos quartos vip's do clube, fechando a porta e acendendo as luzes LED que decoravam todos os quartos do prédio. Era um investimento levemente agradável, se não fosse um puro desperdício às vezes. 

— Acho que foi a primeira vez que alguém me disse algo como aquilo de antes. - comentou, empurrando ele para a cama e não perdendo tempo em se sentar no colo dele, uma perna de cada lado e olhar fixo no dele. — Me excitou pra caralho. - confessou em um sussurro, e ele sorriu, encantado com sua beleza, seu corpo, seus olhos, sua boca e seu cheiro. 

Ah, seu cheiro. Aquele doce chocolate misturado com o ardido e picante de seu chefe. 

Tão sutil quanto sua manha, Sero deslizou as mãos pela sua cintura, quadril, as parando em suas costas, descendo e subindo lentamente enquanto se aproximava mais da sua boca. 

— Hmm, te excitou é? - provocou, e você assentiu, mordendo suavemente o lábio inferior. — Pena que não é pra isso que eu tô aqui amor. 

— Ah é? E por que está aqui então? - roçando os lábios na pele dele, o seduzindo tão naturalmente quanto fazia com qualquer outro cliente. 

— Katsuki. - você parou, um enorme balde de água fria sendo jogado na sua cabeça. — Conhece alguém com esse nome não conhece? - perguntou, sabendo que você sabia sobre quem ele estava falando só pelo jeito que seu corpo tensionou. 

— E se eu conhecer? Hm? - continuou, serpenteando os braços ao redor do pescoço dele e começando a rebolar no colo dele, interpretando o papel de sempre. — O que você quer? 

— Não quero o mal dele. - te forçou a parar de se mexer, com medo de se perder facilmente com o calor gostoso que você fazia crescer nele. — Sou um dos subordinados dele, e do marido dele. - você arqueou uma sobrancelha, desconfiança clara no olhar. 

— Como eu posso ter certeza disso? - estreitou os olhos, e Sero achou graça. Não era pra ele estar desconfiado? 

— Todos do clã Yū possuem uma marca atrás da orelha, inclusive ele. - você franziu a testa, tentando buscar na memória alguma vez em que viu essa tal marca no loiro rabugento. Mas quando Sero virou a cabeça, afastando um pouco do cabelo preto e mostrando, você automaticamente se lembrou. 

"— Não sabia que tinha uma tatuagem. - comentou, quando parou de secar a louça e reparou melhor no perfil do alfa. 

Katsuki ergueu uma sobrancelha, sorrindo ladino com sua observação. 

— Isso não é uma tatuagem pirralha. - debochou, e você estava pronta pra retrucar a altura, mas ele completou. — É a marca da minha família.

— Hm, então você veio pra salvar ele? - perguntou, relaxando suavemente no colo dele novamente, sentindo os dedos longos firmes em você ainda. 

— Sim, meu outro chefe tá doido atrás dele. 

— Pode ter certeza que ele está enlouquecendo também. - murmurou irônica para si mesma. — O que pretende fazer? Você já me achou, provavelmente por causa do meu cheiro, sabe que ele está comigo. O que vai fazer agora? - séria, soando mais velha do que realmente era. 

Sero quase deixou que a surpresa estampasse em sua cara. Jamais pensou que uma prostituta conseguiria pensar tão logicamente assim. 

— Bom, minha intenção era que você me levasse até ele. - fala, e você solta uma risadinha. 

— Bom. - imitou ele. — Você vai ter que esperar até as três então, não saio mais cedo que isso hoje. - voltou a rebolar no colo dele, e Sero automaticamente sorriu. — Agora, deixa eu fazer meu trabalho gatinho, deixa? 

— Como quiser, amor.

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sem estresse galerinha, o hot vem 

𝐌𝐀𝐓𝐄𝐒, 𝐚 𝐊𝐢𝐫𝐢𝐬𝐡𝐢𝐦𝐚 𝐧 𝐁𝐚𝐤𝐮𝐠𝐨 𝐬𝐭𝐨𝐫𝐲 (𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄)Onde histórias criam vida. Descubra agora