𝐌𝐀𝐓𝐄𝐒, 𝐚 𝐊𝐢𝐫𝐢𝐬𝐡𝐢𝐦𝐚 𝐧 𝐁𝐚𝐤𝐮𝐠𝐨 𝐬𝐭𝐨𝐫𝐲 (𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄)

1.7

— Esquerda, direita, esquiva!

Se completavam um mês e meio desde que Katsuki e Eijirou decidiram treinar vocês dois.

Roy se saía bem, sempre alcançando as expectativas dos alfas e seus demais instrutores. Tinha se saído bem com as armas de fogo, e em luta corpo corpo, fora que pelo corpo bem malhada e definido, tinha uma alta resistência também.

Mas você conseguia superar toda e qualquer expectativa que colocavam em você.

— Porra! - grunhiu, quando foi ao chão com tudo e sentiu suas pernas ao redor de sua cabeça, o prendendo e o deixando sem ar em pouquíssimo tempo. — Ok, ok. Deu. - dando suaves tapinhas nas suas coxas, mas você não soltou. — Já falei que deu!

Rindo, você o liberou, ofegante e suada, levantando o rosto quando percebeu que Katsuki e Eijirou se aproximavam com sorrisos orgulhosos no rosto.

— Muito bem, pirralha.

— Se saiu muito bem, princesa!

Foi Eiji quem te ajudou a levantar, não se importando com seu corpo suado quando sem querer acabou encostando nele. Verdade seja dita, ele parecia estar alucinando com seu cheiro tão aflorado pelo suor que escorria em sua pele quente.

Katsuki percebia, e revirava os olhos internamente pela falta de cuidado do marido.

— Foi mal, eu preciso urgentemente de um banho. - comentou sem graça, se afastando do Alfa. Ou melhor dizendo, tentando, porque no mesmo instante ele voltou a se aproximar mais de você, quase enfiando a cabeça no seu pescoço.

— E eu preciso urgentemente de uma enfermeira. - Roy resmungou, ainda deitado no tatame.

— Vamos, levanta. Você se saiu bem também. - Katsuki o ajuda a se levantar, mas com ainda menos delicadeza do que faria se fosse com você. — Só tem que aprender a cair e levantar mais rápido.

— Como, quando essa maluca me dá uma chave de perna dessas?! - exclama, passando a mão em volta do pescoço, ainda conseguindo sentir o ar saindo de seus pulmões e sua carne apertada por suas coxas.

— O que eu posso dizer? Sou simplesmente incrível. - deu de ombros, provocando o ômega, que revirou os olhos.

— Você tem aula com Sero mais tarde. - o loiro praticamente ignorou a picuinha de vocês, se aproximando e, consequentemente, te fazendo erguer um pouco a cabeça quando segurou seu rosto. — E amanhã, faremos a cerimônia da sua entrada na famiglia. - seu coração falhou um pouco quando encostou a testa na sua, e seus olhos — tão adoráveis — encheram um pouquinho com os dele tão próximo assim. — Será oficialmente nossa beta, pirralha.

Roy se sentia um intruso naquele momento.

Assim como vários que se sucederam desde a sua chegada. Você tinha dito que não sabia o que os dois sentiam por você, nem o que a relação de vocês significava. Mas era nítido para qualquer um que olhasse de fora.

Você era deles.

Você pertencia a eles.

Nesse meio tempo em que passou, zanzeando por todo o território dos Yū, nunca te viu sozinha. Se não estava com Katsuki, estava com Eijirou. E se não estava com Eijirou, pode ter certeza que estava com Katsuki. Era quase como se você tivesse colocado algum feitiço nesses dois, porque eles não conseguiam ficar longe de você.

Fora que você mesmo parecia não conseguir ficar muito tempo longe deles. Seu peito apertava, suas mãos suavam com a necessidade, ansiedade de estar perto, e seus olhos vagavam para todo canto quando não os achava em seu campo de visão.