CAPÍTULO 1

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°°° Dias atuais / Guilherme narrando °°°

Eu estava no escritório vendo alguns papeis quando minha princesinha entra saltitando, a olhei ela parece tanto com Yasmin quando tinha essa idade.

— Papai, papai? – Ela dizia toda sorridente enquanto se aproximava de mim.
— O que foi anjo? – Perguntei levando minha atenção toda pra ela.
— Me leva para ver a mamãe papai.

Ela sorriu o sorriso mais lindo que uma criança pudesse sorri.

— Você sabe que papai não pode querida, peça ao seu avô ou aos seus tios. – Falei.
— você nunca me leva para ver a mamãe. – Disse emburrada.

Eu não queria discutir sobre isso com ela, simplesmente ir a um hospital e ver Yasmin ali seria algo estranho, não sei explicar, não quero passa por isso novamente.

— Filha papai esta trabalhando, peça que Maria ligue para seu avô.
— Esta bem papai, meu irmão pode ir comigo? – Pediu.
— Pode. – Falei.

Ela me deu um abraço e se ergueu nas pontas dos pés para que me desse um beijo em meu rosto e saiu saltitando, eu olhei para um porta retrato que tinha na estante e ali continha uma foto de Yasmin segurando Duda, quando ainda era bebe, me levantei e peguei aquele retrato em minhas mãos e fiquei olhando para o rosto de Yasmin, alisei o vidro com o polegar e então coloquei de volta com um suspiro e voltei a me sentar, me veio memórias de Yasmin e nem percebi que eu sorria, Beatriz entrou na sala e sentou em meu colo me despertando de minhas memórias.

— Porque esse sorrisinho ai? – Beatriz falou.
— Hum? O que disse? – Disse saindo das minhas lembranças e focando nela.
— Esta no mundo da lua? – Perguntou.
— Estava pensando em uma coisas do trabalho.
— Hum sei. – Ela disse desconfiada.
— O que você quer Beatriz? – Perguntei.
— Eu queria um cartão, vou ao shopping. – Ela disse.
— E o seu cartão Beatriz?
— Estourou querido. – Ela disse normalmente.
— Porra Beatriz é o terceiro só essa semana, desse jeito vou a falência. –Reclamei.
— Vai me da ou vai ficar reclamando. – Ela fez bico olhando para suas unhas.
— Tudo bem, mas não gaste de mais, depois peço para desbloqueia seu cartão é a ultima vez que faço isso. – Disse enquanto pegava um dentro da gaveta.
— Obrigado amor. – Me deu um selinho.
— Você viu o seu filho hoje? – Perguntei já sabendo a resposta.
— Deve esta por ai. – Disse ela sem nem da a mínima.
— Beatriz ele é seu filho, você tem que saber.
— Nosso filho, e ele tem baba não preciso ficar com ele 24 horas. – Revirou os olhos.
— Não 24 horas, mas pelo menos da atenção a criança e principalmente amor.
— Eu sei muito bem cuidar do meu filho, e você já da atenção a eles ate de mais. — Disse e se levantou e já saindo. — Te vejo mais tarde amorzinho.

Ela sorriu e saiu, e eu voltei a fazer o meu trabalho.

°°° fim da narração°°°

°°° Juan narrando °°°

Tive folga hoje e pelo jeito estava sozinho em casa, não tinha nem sinal de uma alma viva ali, me sentei na área de lazer, lendo um jornal qualquer, não era acostumado a ler jornais mais estava com tédio e isso me ocuparia algumas horas, logo uma das empregadas aparecem com o telefone na mão.

— Senhor Juan, sua sobrinha no telefone. – Ela disse.
— Sim, obrigado. – Disse e peguei o telefone de sua mão.
- ligação on –

— Fala pirralha.
Ri já imaginando aquele projetinho de gente pingando a mão na cintura e fazendo cara de emburradas.

— Pirralha não tio, já sou quais uma mocinha. – Ela disse.
— Bom mocinha o que quer? – Perguntei.
— Me leva para ver a mamãe tio Juan? – Pediu.
— Seu pai já deixou? – Perguntei.
— Claro né tio. – Disse como se fosse óbvio.
— Olha la em mocinha.
— Vai vim me buscar ou não tio? – Tão doce como a mãe.
— Já estou indo esquentadinha.
— beijos tio, vêm logo.

* fim da ligação*

Ela disse e desligou, ri da situação e entrei para dentro peguei a chave do carro e quando estava saindo e Savannah estava entrando em casa.

— Vai a onde? – Ela perguntou.
— Buscar a mini Yasmin dois, vou levá-la ao hospital. – Falei.
— Cuida da minha sobrinha em traste.
— Pode deixar irmãzinha. – Disse bagunçando o seu cabelo.

Ela protestou e sai rindo para o carro, já no hospital me sentei em um sofá que tinha no quarto enquanto as crianças estavam ao lado da cama da Yasmin. Maria Eduarda passava as mãos no cabelo da mãe como se tivessem penteando e conversava com o irmão.

— Ela tem os olhos da cor do meu. – Ela disse.
— Como você sabe se ela não abre os olhos. – Artur perguntou inocentemente.
— Papai falou, não é verdade tio Juan. – Ela disse.
— Sim, tão azuis como os seus. – Confirmei.

Duda estava revezando em conversar com sua mãe e o irmão ao mesmo tempo, mesmo que Yasmin não a respondesse, perguntava e inventa resposta para suas próprias perguntas, como se a mãe tivesse respondido, eu via o quanto ela sentia falta da Yasmin afinal nos todos sentíamos também, já fazia cinco anos que ela esta assim, Duda ia fazer dois anos quando tudo aconteceu.

— Tio, tio a mamãe mexeu o dedo. – Ela disse apavorada de repente.
— O que? Não brinque com isso Maria Eduarda eu já te expliquei sobre isso. – Falei chamando sua atenção.
— Mas eu juro tio eu vi ela se mexer. – Ela disse.
— Eu sei que você sente falta dela pequena, mas ela não pode se mexer ainda. – Falei com pesar. — Vem vamos embora esta na hora já.
— Mas tio. – Ela gesticulou.
— Mas nada, vamos. – Ela fez bico e ficou emburrada e fomos embora.

MEU QUERIDO PAPAI II [ F ]Onde histórias criam vida. Descubra agora