CAPÍTULO 10

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Eu definitivamente não sabia o que estava fazendo, a semanas se passaram e era sempre a mesma rotina eu não fiquei novamente com Guilherme, fiquei parte da manha arrumando a casa já que eu não tinha empregada, um pouco antes do almoço Guilherme Ligou tratei logo de atender.

— Oi. – Disse posicionando o celular em meu ouvido.
— Esta ocupada? Preciso da sua ajuda – Ele disse.
— Não, o que foi?
— Poderia ficar com as crianças, Não tem mais ninguém aqui e tenho uma reunião importante agora – Ele disse.
— Claro. – Falei.
— Obrigado, daqui a pouco os levo ai. – Ele disse.
— Estarei esperando.

Desliguei e fiquei na sala vendo TV ate eles chegarem, quando chegaram Guilherme os deixou e saiu indo para a empresa, eles entraram e se jogaram no sofá.

— Estão com fome? – Perguntei.
— Não tia. – Arthur respondeu e eu sorri pra ele.
— E você filha, esta com fome? – Perguntei para a Duda.
— Não. – Ela disse rudi e eu olhei sem entender.
— Tudo bem então querem fazer alguma coisa ?
— Já disse que não. – Duda gritou e se levantou subindo em direção aos quartos.
— Maria Eduarda. – A repreendi mas ela já tinha sumido de vista.
— Liga não tia ela ta na queles dias de menina. – Ele disse inocentemente.
— Dias de meninas? – Perguntei.
— É, papai disse que se chama Tpm. – Ele disse e eu ri.
— É deve ser isso. – Sorri. — E você o que quer fazer?
— Bagunça. – Ele disse sorrindo sapeca.
— Então vamos fazer bagunça. – Falei.

Peguei as coisas que íamos usar para a bagunça e o Vitor acabou aparecendo ali, depois de tantas vezes indo no consultório dele para fazer as consulta acabamos virando amigo sem contar na queda que ele tem pela minha irmã que fez nos, nos aproximamos mais ainda.

— Será que ela vai querer sair comigo. – Ele disse olhando eu e o Arthur que brincávamos com água, e a Duda estava sentada em um canto so observando.
— Vai é só você pedi com jeitinho. – Falei.
— Sua irma vai acabar me deixando louco. – Ele disse.
— Você deveria pedi logo pra sair com ela assim não ficava nessa agonia. – falei.
— Vou tentar tomara que ela queira. – Ele disse esperançoso e eu ri.
— Vem maninha brincar com a gente. – Arthur falou para Duda.
— Quero não. – Ela disse.
— Os dois são seus filhos? – Vitor perguntou.
— Não so a Duda, o Arthur é filho do meu ex marido. – Dei de ombros.
— Nossa ele parece com você. – Ele disse pensativo.
— Quem dera se essa coisa fofa fosse. – Sorri. — Infelizmente eu perdi meu filho assim que nasceu. – Falei pensativa.
— Nossa mas eu jurava que ele era seu filho parece de mais. – Ele disse.

Ficamos conversando mais um pouco ate ele ir embora quando ele estava indo Guilherme estava chegando, ele passou pelo Vitor no portão e encarou sem entender e depois olhou pra mim serio, Vitor já estava dentro do carro quando ele chegou perto de mim.

— Quem é esse cara? – Ele perguntou.
— Um amigo. – Respondi.
— Amigo? – Ele disse desconfiado e rolei os olhos.
— Apenas um amigo Guilherme. – Disse e me virei dando as costas para ele, mas ele me puxou me dando um selinho, as crianças não viram pois estavam distraídas.
— Venha brincar filha vai ficar o dia todo ai sentada. – Insistir novamente.
— Eu não quero brincar, porque você não me deixa em paz. – Ela gritou e já ia entrando novamente dentro de casa mas eu a impedir.
— Filha o que esta acontecendo. – Falei preocupada com a sua atitude.
— Me larga, eu não gosto de você. – Ela disse tentando se soltar.
— Maria Eduarda, ela é sua mãe. – Guilherme a repreendeu.
— Eu não gosto dela, não quero mais ver ela. – Ela dizia já chorando. — Eu não gosto de você. – Ela dizia como se falasse aquilo doesse nela, como se alguém tivesse a machucando eu a soltei.

— Vá para o seu quarto. – Falei firme.

Ela saiu e Arthur foi atrás dela eu me virei olhando pro Guilherme naquele momento eu queria chorar, ouvir da sua própria filha que te odeia é uma dor tão forte que não da pra explicar, Guilherme me olhou e me puxou para ele me abraçando forte eu não conseguir segurar as lagrimas.

— Eu não sei por que ela esta se comportando assim. – Falei.
— Ela é só uma criança amor, ela não sabe o que diz. – Ele disse me acalmando.

Naquela noite eu fiz o jantar e Duda ficou o jantar inteiro calada sem dizer nada, eu so queria entender o que se passava naquela cabecinha de sete anos dela, Guilherme os colocou na cama depois do jantar e eu fiquei na sala mudando os canais de TV ate achar algo que me interessasse, ele voltou assim que as crianças dormiram e deitou no sofá me levando com ele em um abraço.

— Onde eu errei? – Falei.
— Calma é so uma fase. – Ele disse alisando brincando com meus dedos.
— Voce viu como ela falou, é como se ela me odiasse por algo. – Sussurrei.
— Amanha ela já estará normal amor, você vai ver. – Ele beijou meu pescoço.
— Espero!. – Falei e me virei pra ele lhe dei um beijo me aconchegando em seu peito logo em seguida.

Eu realmente acreditei que ela mudaria no dia seguinte, mas isso não aconteceu.
Os dias foram passando e cada dia mais minha filha parecia mais rebelde o pior é que era so comigo que ela agia assim, ela parecia querer se distanciar de mim e ninguém entendia o porque disso, eu chegava toda amorosa e recebia era indiferença ate o dia que estava fazendo comida e acabei de me cortando fundo.

— Ai. – Gritei quando a faca passou pela minha mao.
— Que foi? – Savannah que preparava a sobremesa me olhou preocupada.
— Me cortei. – Falei indo em direção a pia.
— Vou pegar os curativos. – Juan falou se levantando da mesa onde ele estava brincando com a Duda com um quebra cabeça.

MEU QUERIDO PAPAI II [ F ]Onde histórias criam vida. Descubra agora