Hoje o dia só se encarregou de compromissos importantes. Tinha a audiência do caso que Bruno passou-me para resolver e também conversar com o pai de Estela após isso. Apesar de ter tido alguns problemas e de a audiências ter estourado o tempo previsto, saí com a causa ganha, como esperado, e meu cliente já estava liberado para responder o seu processo em liberdade.
Apesar de tarde, voltei para almoçar na casa de Bruno, pois estava com a cabeça já doendo de fome e precisava estar pronto para falar com o pai de Estela, principalmente se ele fosse realmente tão rigoroso quanto ela relatava. Assim que entrei, já encontrei meu irmão na sala e ele me olhou com certa pressa.
—Onde estava? Preciso falar com você. – diz e então me aproximo.
—Estava na audiência. O que houve?
—Na audiência??? Como assim? Não deveria ser apenas depois de amanhã?? – pergunta nervoso.
—Não, estava marcada para depois de amanhã, mas houve uma brecha para adiantar o processo, todas as partes concordaram, então fomos hoje.
—E NÃO PENSOU EM ME AVISAR? – pergunta com raiva.
—Eu não pensei que isso fosse um problema, ao contrário, foi mais uma solução para o caso que me deu.
—Solução... – diz em tom sarcástico, enquanto balança a cabeça negativamente – Como ficou o caso?
—Ganhei a causa, ele responderá em liberdade e o dinheiro será enviado para o seu escritório...
—PORRA, CARLOS! – grita agora mais exaltado, andando de um lado para o outro e me aproximo.
—O que houve? – pergunto pegando em seu ombro para que me encare.
—NÃO ENCOSTA! – grita mais uma vez e respiro fundo, procurando pela paciência que ele acha que tenho.
—Pode me dizer que porra você tem?
—QUE PORRA VOCÊ TEM NA CABEÇA?
—Bruno, não me teste! Fala que caralho você tem ou quer, ou precisa resolver, mas se gritar novamente, eu juro que enfio meu punho no meio da sua cara! – afirmo e ele me encara em silêncio e respira fundo.
—Eu estava procurando você feito um louco, porque eu ia pedir para largar a causa, esquecer o caso... mas você já encerrou a porra do caso!
—Largar o caso? Por qual motivo? Enlouqueceu?
—Não, você que enlouqueceu!
—Bruno, já está me tirando toda a paciência, diz logo que caralho aconteceu!
—Caralho foi o que você fez!
—O que eu fiz??
—O homem que soltou é o filho da puta de um assassino! – afirma e o encaro confuso.
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CONTO - CARLOS & ESTELA FERRARI
Roman d'amourNOVA CONTA!⚠️ CONTO I da série FERRARI🤍 * O fruto deles já conhecemos, mas como as suas histórias se encontraram? A primeira geração de amor traz a realidade de Carlos e Estela, quando eram apenas dois jovens, ambos focados em seus sonhos, mas qu...