Ela não precisa da Comandante

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As coisas vão melhorar... Confia kkk

Preparem uns dois cubinhos de gelo aí meninas e meninos, esse tem calor kkkkkkkkk

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(Play "Lung - Vancouver Sleep Clinic")

A porta do atrás de mim se fechou com um som alto, a chuva lá fora começava a se tornar pesada e o céu reluzia com raios silenciosos. Eu caminhei a passos largos em direção ao estábulo, e poças respigavam em meio a espessa torrente de água que lavavam minhas roupas e corpo sujos de sangue deixando um rastro de sangue lavado pelo chão.

- Lexa!

A voz de Peter soou grave através do som da chuva. Eu parei meus passos fechando os olhos firmemente.

O frio da água me distraiu por um segundo. Por um segundo eu não queria pensar, eu não queria sentir tudo que estava sentindo. Eu não queria estar aterrorizada, queria não sentir que eu perderia Clarke por ser quem eu sou. Mas então a voz dela ecoava chicoteando meu coração...

"O que você quer se tornar?"

Eu não tinha uma resposta...

Desde que a vi naquela cerimônia, eu quis ser outra coisa, quis ser a garota das margaridas novamente. Dangor durante todo esse tempo me puxava para o inferno. Me puxava para o lugar onde ele estava. Era meu pesadelo, meu medo, meu ódio, minha raiva, minha sede de sangue, era culpa dele.

"Você não é assim"

Eu queria parar de perder, apenas uma única vez em toda minha vida. Clarke era o que eu tinha de mais importante e se a perdesse, eu não teria volta. Durante toda minha vida eu não quis estar presa a algo que me ferisse novamente, mas a única coisa que pode me ferir é perdê-la, ou perder o que eu sentia por ela. Ela me mantinha humana...

- Não faça isso, não saia por esse portão de novo...

Eu abri meus olhos que transbordavam lágrimas quentes e sentia meu rosto queimar enquanto me esforçava para não chorar. Eu não podia deixar que a dor vazasse novamente, mas mal conseguia controlá-la.

A mão de Peter pousou sobre meu ombro me forçando a virar para ele. Meu corpo se enrijeceu firme no chão, mas então suas duas mãos uma em cada lado de meus ombros me viraram para encara-lo.

Seu rosto estava sério e havia um vinco entre suas sobrancelhas. Seus cabelos pregavam em seu rosto e sua roupa pingava água em poças sob nossos pés.

- Não me diga para não fazer, Peter. Eu não posso mais deixar Dangor estragar tudo...

Falei alto pelo barulho da chuva e minha voz saiu quebrada. Peter deu um pequeno sorriso triste, então seu rosto ficou sério novamente. Suas mãos apertaram levemente meus ombros e ele suspirou alto dizendo:

- Saiba viver com suas escolhas, Lexa. Não faça algo e depois continue vivendo se martirizando por isso. Você está escolhendo viver e carregar tudo sozinha. Está afastando todos...

Suas palavras eram como a palma de uma mão apertando meu coração, massacrando meu peito.

Eu trinquei meus dentes e meus punhos se fecharam ao lado do meu corpo enquanto a raiva subia pelo meu pescoço, até que as palavras simplesmente irromperam de mim em gritos.

The Kingdom Griffin -  Ascensão de uma Rainha (CLEXA) Onde histórias criam vida. Descubra agora