Bárbara
Deito com minha pequena fazendo carinho na sua cabeça até ela acordar, seus olhinhos são tristonhos, assim como os meus, o sentimento de repulsa me invade com força, estou zangada e muito furiosa, não sei o que faria contra aquela velha por machucar minha garotinha.
_ Mamãe?
Sussurra confusa procurando Victor ao olhar para os lados.
_ Cadê o papai?
Nem eu sei onde ele foi, confesso que estou preocupada, cheguei a ser rude com ele.
_ Foi dar uma saidinha.
Faz beicinho chorosa.
_ Ele foi embora de novo?
Beijo a pontinha do seu nariz.
_ Não meu amor.
_ Não deixa o papai mamãe, ele está triste com a mamãe dele.
Não sei como ela consegue ser tão adulta às vezes, chega a ser incrível.
_ Vou ligar pra ele e pedi pra ele voltar, tá bom?
Concorda esperançosa, pego meu celular ligando várias vezes pro seu telefone que cai na caixa postal. Estranho totalmente não entendendo, ele sempre me atende, a menos que aconteceu algo.
_ Tive uma ideia, vem cá.
Com ela no meu colo vou até o escritório do meu pai, bato na porta antes de receber uma autorização para entrar, ele parece distraído mexendo em umas folhas sobre a mesa.
_ Ajudo?
Sem me olhar pergunta.
_ Rastreia o celular do Victor, por favor.
Agora ele ergue a cabeça estranhando.
_ Não consigo falar com ele.
_ Papai tá triste vovô.
Por minha fala ele já iria fazer, mas se derrete mesmo quando Lelê fala toda manhosa.
_ É, meu amor?
Dar um sorrisão característico de vovô Caio.
_ Vem cá pra você me ajuda.
Coloco ela no colo do meu pai que ensina passo a passo como rastrear um celular, ao encontrar vira a tela do computador.
_ Está parado?
Pergunto estranhando a rua afastada.
_ Sim, filha. Aconteceu algo?
_ Nada demais, me manda a localização no meu celular e fica com a Lelê, volto já!
Passo no meu quarto apenas para pegar a bolsa que deixei na poltrona. Entro no carro e sigo certinho o gps, encontrando o carro do Victor parado no acostamento, desço do meu aproximando do seu, estranho por não vê-lo, mesmo que o gps marque aqui, dou uma boa olhada encontrando ele no banco de trás encolhido, parece dormir?
_ Ei...
Dou algumas batidas na janela fazendo ele acordar elétrico, me fita atônito.
_ Abre o carro!
Meio sem acreditar abre a porta de trás. Entro sentando ao seu lado, é tão ruim vê-lo abatido dessa forma.
_ Porque está aqui?
Nega triste.
_ Vitório está possesso comigo, não quero ver minha mãe tão cedo, não achei que me quisesse por perto, estou meio sem rumo.
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ilha
Любовные романыEm sua primeira crise conjugal Bárbara compreende que apenas amar não é o suficiente para eternizar seu romance com seu marido Victor. Vivendo sufocada por ser sempre a segunda opção na vida do seu esposo ela resolve dar um basta, afinal uma relação...