Capítulo 13

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Mãe do Victor, reversão da vasectomia, trabalho e sem estrutura para voltar pra minha casa. Já fazia três meses que minha vida estava de cabeça para baixo, porém meu relacionamento estava indo de vento em popa. Não consegui voltar pra casa, a energia, tudo estava tão pesado, apoderei da casa da minha mãe, ela não achou ruim, até nos ofereceu para morar já que agora está mais vazia pois Matt foi fazer um intercâmbio na Europa. No entanto, estamos nos ajeitando, Matt cedeu o quarto para Lelê, não mexemos em nada, apenas colocamos a cama dela e os brinquedos. Victor visitava a mãe praticamente todos os dias, ela não apresentou quadro de melhoras, às vezes fica indisposta para não querer vê-lo, fica agressiva me atacando, ele não me conta detalhe, mas eu sei que ela não se conforma, segundo ela eu tirei Victor dela. 

_ Bárbara. 

Ouvi a voz de Victor e me dissipei das preocupações deixando de ver meu reflexo no espelho para poder vê-lo na porta. 

_ Sua mãe disse para você descer porque seus irmãos estão chegando. 

Ele se aproximou de mim tocando meu ombro gentil. 

_ Está tudo bem? 

Perguntou me puxando para seus braços onde me embalou segura, eu amava quando ele me protegia assim, ainda mais depois de fazer amor, é a melhor sensação do universo. Ele estava lindo de social branca, parecia um deus. 

_ Está sim... 

Respondi sorrindo ao buscar seus olhos, só queria vê-lo. 

_ Você está linda, amor, não precisa ficar horas se maquiando, sério mesmo. 

_ Já acabei, vamos descer? 

Aceitou entrelaçando seus dedos nos meus, descemos a escada igual casal de galã, eu de vermelho e ele de branco. Helena já corria de um lado para o outro estragando o penteado lindo que fiz nela, as primas da mesma forma se encontravam descabeladas. 

_ Oie meu amor todinho. 

Iza veio ao meu encontro toda amorosa me abraçando no final da escada, beijei seu rosto devolvendo as palavras gentis. 

_ Você que é meu amor todinho. 

Victor me deu um beijo indo para o lado de Vitorio quando esse passou na porta com a família, Manu acenou de longe vindo até Iza e eu, nos abraçamos em trio. 

_ Iza e sua destruição as superstições do natal! 

Manu resmungou por causa do vestido negro e magnifico da Iza que nem se importou, ao contrário, alfinetou de volta.

_ Eu que não uso amarelo, parecendo um sol! 

Eu era o divisor de águas, pois fiquei na minha, nessa guerra de birras entre Rússia e EUA eu sempre seria a Suíça. 

_ E eu vou abraçar a vovó! 

Pisquei indo até dona Mônica que arreganhou um sorriso ao me ver, tínhamos nossa cumplicidade especial. 

_ Você é o ser mais lindo do universo, Barbie! 

Ela era a única que me chamava assim, tão doce e delicada.

_ Lelê está tão grande e bonita, meu bem. 

Procurei minha pequena no meu campo de visão não encontrando. 

_ Está sim vovó, e faladeira. 

Lembro dessa parte com muito autocontrole, oh menininha conversada. 

_ Esses dias Victor virou pra ela e falou que não ia comprar sorvete na rua porque não tinha levado dinheiro, mas óbvio que era porque ela não comeria o almoço, ela não chegou perto do meu pai e falou pra ele que Victor estava falido a ponto de não poder comprar um sorvete pra ela não né?

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