Bárbara
_ Filha?
Minha mãe falou no susto ao me ver na sua porta com duas malas e minha menina abraçada nas minhas pernas.
_ Só quero um abraço.
Sem me questionar me abraçou com força, chorei no seu ombro amigo e ela me acolheu como sempre.
_ Entra, meu amor.
Ela pegou Helena nos braços e consolou minha baixinha que está tão frágil quanto eu.
_ Matt!
Meu irmão veio ao seu chamado, estranhando a situação ao me ver na porta com duas malas.
_ Ajuda sua irmã.
Ele veio até mim.
_ Tudo bem, Babi?
Neguei e só o abracei sem dar uma explicação, ele beijou minha bochecha encostando sua testa na minha. Matt cresceu tanto, tá grande e bonito. Ele sorri para mim tocando meu rosto com delicadeza infinita.
Depois de me ajudar a levar as malas no meu quarto antigo dei banho em Helena e desci para o almoço, meu pai chegou bem na hora da mesa posta, ele sorriu ao me ver, me beijou no rosto depois de um abraço para logo ir até a neta e brincar horrores a fazendo gargalhar pelas cócegas.
_ Agora é hora do almoço mocinha, mais tarde fazermos a guerra do travesseiro.
Ela riu empolgada pela promessa. Comemos e todo tempo meu pai estranhou meu silêncio, me fitando misterioso, do seu jeito investigativo.
_ O que aconteceu, querida?
Fugi para cozinha logo após a refeição, para evitar justo essa pergunta, o que era inevitável se uma hora ou outra eu teria que contar.
_ Bom.
Levantei a cabeça fitando seus olhos que investigavam cada ação minha.
_ Pedi um tempo.
_ Ele te machucou?
Perguntou frio, no entanto seus dedos em cada braço meu era super acolhedor.
_ Não fisicamente, pai.
Suspirei cansada.
_ Não precisa dizer, vem cá.
Abracei ele e chorei baixinho no seu peito.
_ Vou te apoiar em qualquer decisão, prometo.
_ Obrigada, pai.
***
_ Eu acho que não quero ir, mamãe.
Depois de fazer uma linda maria chiquinha nos cabelos dela ajeitei por fim seu vestido bonito de flores.
_ Filha, seu pai sente sua falta.
Ela encolheu os ombros tristinha.
_ Eu também sinto, mamãe, mas eu quero ir com você também.
Tentou me convencer ao tomar meu rosto nas duas mãozinhas pequenas, e por pouco não conseguiu.
_ Hoje não posso, certo?
Me abraçou perdida, isso acabava comigo, já tinha uma semana e seria a primeira vez que ela veria o pai.
_ Vai ser rápido, ele só quer te levar no shopping e comer um lanche com você.
_ A vovó vai?
Ela afastou para me olhar.
_ Eu não sei meu bem.
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ilha
RomanceEm sua primeira crise conjugal Bárbara compreende que apenas amar não é o suficiente para eternizar seu romance com seu marido Victor. Vivendo sufocada por ser sempre a segunda opção na vida do seu esposo ela resolve dar um basta, afinal uma relação...