Capítulo 25

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Victor

Tinha acabado uma reunião com Vitório quando voltei para minha sala ainda pensativo. Ter equipamentos de segurança eficazes é prioridade, e alguns investidores prezam por um custo benéfico menor. Infelizmente para a segurança é inegável uma objeção contrária, precisamos investir com tudo que temos. Minha ideia ainda em construção assustou alguns dos investidores quando sugeri, segundo eles seria invadir a privacidade da população flutuante do país. No entanto, não foi aprovado como eu imaginava, confesso que fiquei arrasado. 

_ Senhor Victor…

Duas batidas na porta e a voz da minha secretária me tirou do devaneio, ergui os olhos que até então fixava na garrafa de tequila sobre minha mesa e a encarei ainda distante.

_ O jornal acabou de chegar.

Se dirigiu próximo a mesa me entregando o jornal que eu faço questão de tê-lo todos os dias de manhã.

_ Obrigado.

Agradeço somente, ela apenas acena educada se retirando em silêncio. Sento tranquilo abrindo a primeira página onde encontro tragédia, homicídio, suicídio e sequestro. Confesso que a matéria de sequestro me deixa bem pensativo.

_ Que estranho.

Murmuro intrigado com a matéria que diz sobre uma van misteriosa que sequestra mulheres minuciosamente e bem na luz do dia. Bizarro mesmo é quando leio a parte da lista, uma etiqueta inteira mostrando o perfil de vítimas sequestradas. São mulheres norte-americanas, magras e de cabelos curtos, olhos castanhos e cabelos naturais. De repente sinto um calafrio, parece que eu estou descrevendo…

_ Bárbara!

Digo em um estalo cheio de preocupação,  imediatamente pego meu celular e ligo para Bárbara e pro meu desespero cair na caixa postal.

_ Atende, amor.

Fico mais ansioso e nervoso, então resolvo ligar para minha sogra.

_ Alô.

Suspiro ansioso.

_ Oi Julia, você viu a Bárbara hoje?

_ Ela estava aqui há pouco tempo, foi pro shopping. 

Não entendo porque meu coração está disparado.

_ Sozinha?

_ Sim, Gabriel está comigo.

Engulo seco me erguendo.

_ Tenho que ir, obrigado.

Sem entender o porquê do meu desespero desligo a chamada saindo às pressas para o shopping que Bárbara costuma a ir. No caminho tento ligar outra vez no celular dela, só que dar na caixa postal fazendo meu dia aterrorizante. Ao chegar no estacionamento aberto, olho meio sem rumo os milhares de carros tentando identificar o dela.

_ Bárbara, pelo amor de Deus, atenda!

Caixa postal outra vez. Decido entrar no shopping que apesar de ser dia de semana se encontra cheio, respiro fundo e começo a pensar em qual das milhares de lojas Bárbara pode está. 

_ Aniversário do Noah…

Digo sussurrando apenas para mim.

_ Loja infantil!

Sigo meu raciocínio não me afobando, apenas usando a cautela. Ao chegar na porta de uma das três, olho minuciosamente logo a descartando imediatamente, julgando ser infantil demais. Respiro fundo subindo para o 2 piso encontrando a razão do meu desespero sorridente saindo da loja, respirando aliviado me aproximo sem que ela me veja, só que paro quando ela para e outro homem para também. Sobretudo bege, suste negro, cabelos alinhados em uma aparência totalmente suspeita, pois quando Bárbara distraída gira nos calcanhares para voltar a loja, ele disfarçadamente vira bem milimetricamente a olhando de espreita, disfarçando assim quando ela volta a entrar na loja que a pouco saiu. Paranóia ou não me afasto fingindo distração deixando ele passar por mim sem me notar, observo ele entrar na mesma loja, suspeito? Aterrorizante!

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