Capítulo 11

55 9 8
                                    

Bárbara

Assim quando entrei no meu quarto assustei, a mãe do Victor estava atrás da porta, transtornada, ela me olhou com raiva vindo para cima de mim, fiquei parada, congelada quando ela começou a se agredir, arranhar seus braços, puxar seus cabelos, parou quando ouviu Victor a chamar. 

_ Mãe! 

_ Não me bata menina. 

Abrir a boca chocada, Victor entrou e eu o olhei negando pensando que ele ia compreender, no entanto mais uma vez ele escolheu acreditar na mãe louca ao invés de olhar pra mim. 

_ Bárbara não, chega! Passou dos limites! 

Foi tão grosseiro e rude, ele teve maior cuidado para tirar ela do chão e me deixar pois assim que ele saiu minhas pernas vacilaram, cair prostrada, soluçando sem controle, desesperada. Não sei quanto tempo fiquei olhando o nada e sentindo tudo

_  Ei, pisiu! 

Tampei minha boca para não chorar alto, Victor veio até mim limpando meu rosto e pedindo para eu ficar calma ao me abraçar carinhosamente, eu queria socar ele por me magoar e depois pagar de bom moço, mas não tinha nem força.

_ Shuuuh... 

Beijou meus cabelos olhando no fundo dos meus olhos, tão gentil, diferente do que aconteceu minutos atrás, eu estava perdida.

_ Confia em mim!

Falou levantando, pegou o celular e ligou para alguém, falando tão baixo no telefone que eu não entendia nada, logo depois deu um soco na porta. 

_ Eu não quero explicação, Bárbara! 

Gritava sem me olhar, em um teatro? 

_ Cala a boca! 

Arregalei meus olhos não entendendo nada, mas sabia que ele não falava diretamente para mim, só gritava contra a porta, como se quisesse que a mãe ouvisse. 

_ Não vou te perdoar por isso, não fala nada!

Deu outro soco ao gritar pela última vez exausto, encostou na mesma e deslizou até está no chão desolado, engatinhei até ele, toquei seu rosto levantando seu olhar, ele chorava muito, me agarrou assim quando me aproximei me abraçando como se eu fosse um ar escasso em um lugar sem oxigênio. 

_ Sinto muito, Vi. 

Encostei minha testa na dele entendendo tudo, ele não estava bravo comigo ou magoado, estava me dando a confiança que eu implorava sempre quando ele a defendia e me humilhava.   

_ Me perdoa por ter que passar por isso! 

Expressou triste, beijou com tanto carinho minha cabeça se recuperando ao levantar e me ajudar a levantar também. 

_ Eu te amo muito.

Me deu um último abraço ao declarar doce. 

_ Fica aqui, eu te busco. 

Concordei, ele bateu a porta com força e a casa tremeu. 

_ Acabou Bárbara! 

Meu coração doeu mesmo sabendo ser mentira seu grito estridente. 

_ Some da minha vida! 

Apenas limpei as lágrimas do meu rosto, esperei por ele, quando a porta foi aberta sair vendo sua mãe gritar histérica, lutando contra a camisa de força e os homens de branco que lhe cercava, estava transtornada. 

_ Pedrooooo! 

Victor suspirou triste, abracei ele. 

_ Filho, não deixa eles fazerem isso com a mamãe, Pe! 

ilha Onde histórias criam vida. Descubra agora