Capítulo Extra - Parte Seis (Final)

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Aviso: esse capítulo contém  cena de sexo explícito, prossiga por sua própria conta.

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Eles estavam vivos.

E a simples percepção disso causou um alívio tão grande em Xiao que todo seu corpo amoleceu. Quando foram deixados às sós novamente, o jovem de olhos dourados como um gato se enrolou na coberta e se aninhou próximo ao namorado. Sentia que finalmente poderia dormir em paz, que não havia mais preocupação que pudesse o perturbar. Ainda que doloridos e feridos, eles estavam, afinal, juntos, e apenas isso lhe importava naquele instante.

Era macio. Receptível. Amoroso e apenas dele.

Xiao finalmente podia se dar ao luxo de tranquilizar o coração e permanecer em paz ao lado de alguém que o amava, após dias turbulentos e uma noite onde sua vida correu riscos outra vez.

- A-Xiao?

Venti murmurou, curvando-se de leve sobre o outro encolhido tão perto. Os olhos de Xiao estavam fechados e seus lábios finos entreabertos, o hálito quente contra o braço de Venti. Ele ressonava baixo. Seu corpo estava curvo, os joelhos juntos e ambas as mãos seguravam o pulso do músico.

- Você... – Venti continuou sussurrando, as íris cianas banhadas em um brilho terno. Ele levou a mão livre até os cabelos de Xiao, dedilhando as madeixas coloridas de turquesa. Em seu rosto surgiu uma expressão triste. – Me desculpe, querido. Aquelas coisas que eu te disse... eu errei. Me perdoe.

Ele ficou ali, acariciando com suavidade os cabelos do namorado para que não o acordasse.

Seu coração doía. Se dissessem que iria enfartar provavelmente acreditaria, por que tamanha dor era insuportável. Doía pela culpa que sentia ao apontar as características passadas de Xiao. Sabia que jamais se deve fazer algo assim, e no calor da raiva ele extrapolou. Xiao se controlou, visivelmente abalado, e o rosto surpreso e desalento dele repassou na mente de Venti, enquanto este observava o outro dormindo.

- Eu não podia nem se quer imaginar perde-lo. Não poderia ficar confinado aqui sabendo que você enfrentaria aqueles idiotas sozinho.

Venti deslizou dois dedos pela testa enfaixada do namorado, superficialmente, então deslizou pela lateral do rosto. Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, uma das mãos lhe soltou o pulso e segurou a sua que acariciava o rosto, envolvendo-a com delicadeza e mansidão. A mão de Xiao estava quente, confortável. Venti paralisou, surpreso. Então um sorriso esticou seus lábios e ele, antes sentado na cama, começou a se deitar vagarosamente ao lado do namorado.

Quando Venti também se aninhou pertinho de Xiao, um de frente ao outro sob a coberta perfumada de lavanda, aquele par de olhos dourados se abriram como raios solares, calorosos e gentis.

Ah, como ele era lindo. Venti poderia se perder por dias a fio naquele deserto dourado e quente das íris de Xiao.

Queria beija-lo.

Sobre sua mão, o polegar de Xiao acariciava o dorso, fazendo círculos lentos.

- Me perdoe por ter ficado com raiva. – A voz dele era rouca e baixa. Venti sentiu um arrepio percorrer seu corpo, alertando seus nervos. – Sei o que disse e sei que pode ter o deixado triste. Venti, eu não...

Mas Xiao não teve tempo de terminar sua sentença. Venti aproximou seus corpos com fluidez, entrelaçou suas pernas nas do namorado e curvou a cabeça, unindo seus lábios.

Celestia - XiaoVenOnde histórias criam vida. Descubra agora