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Parecia que ela estava flutuando, enrolada nos lençóis mais macios de uma cama feita de penas. Tudo era lindo, leve e quente, até as mãos que acariciavam seu corpo da cabeça aos pés. Foi sublime.

Dedos fortes percorreram seus braços, traçando linhas e girando com pressão constante, mas ela ainda manteve os olhos fechados. Todo o seu corpo parecia pesado e saciado, e não havia necessidade de se apressar em tomar consciência. Até sua mente sonolenta sabia disso. Ela flutuou no espaço entre dormir e acordar, resistindo ao chamado da manhã para passar mais alguns minutos se aquecendo no conforto da cama de Draco. O que quer que estivesse acontecendo, tinha que ser a continuação de qualquer sonho que ela estava tendo, e ela não estava disposta a desistir dele de boa vontade.

As mãos percorreram sua barriga, apertando, explorando a extensão de suas costelas e a extensão de sua cintura. Um polegar esfregou seu quadril, massageando um ponto sensível, seguido pela pressão de algo macio. Esquentando.

Hermione suspirou.

A pressão continuou, envolvendo suas coxas e descendo até os joelhos. Passou pelas panturrilhas e ela se mexeu nos lençóis. Suas pernas estavam bem anguladas, quase abertas, mas o movimento constante das mãos a impedia de questionar sua posição de dormir.

Lentamente a pressão aumentou, envolvendo seu corpo como se ela estivesse sendo abraçada completamente. Ela não pôde deixar de relaxar, seus membros ainda pesados ​​e doloridos da noite anterior. Foi maravilhoso, libertar a tensão nos seus músculos e deixar o seu corpo ficar mole. Foi como mergulhar em um banho quente, sabendo que ela estava completamente envolvida e segura.

Mais pressões suaves de alguma coisa apimentaram seu estômago, sustentado por aquelas mesmas mãos fortes. Dedos longos se espalharam pela cintura e até os seios, acompanhando o calor até o peito. Beijos, ela percebeu vagamente. Exalando um gemido ofegante, Hermione se mexeu novamente, buscando mais. Algo a segurou, mantendo-a no lugar, e a confusão começou a se dissipar através da névoa sonolenta em sua mente.

Mãos nos quadris, descendo para massagear os músculos doloridos de cada lado. Mas havia algo mais, algo agarrando sua pele. De alguma forma, no sonho, ele estava em toda parte.

Draco. O cheiro dele, em sua cama, embrulhando seus lençóis, rodeava-a. Ela conhecia a sensação das mãos dele, mesmo em seu sonho. Sua boca, a maneira como beijava seus quadris. Seus dentes, mordiscando o ponto dolorido de antes. Ela estava deitada em alguma coisa na cama dele? Ele se abaixou, deixando beijos de boca aberta em sua pele que esfriou contra o ar. Um beijo na parte interna de sua coxa a fez se contorcer. Outro mais perto de onde ela doía. O mesmo calor familiar estava crescendo entre suas pernas, pulsando de desejo, mas ele não se apressou. Ele beijou e chupou suas coxas, seus lábios movendo-se em palavras silenciosas que ela não conseguia ouvir.

Ela os sentiu contra sua pele, sentiu o modo como eles se moviam entre beijos intensos, como se ele a estivesse adorando. Hermione mudou de posição novamente, ficando inquieta. Seu pulso estava acelerando, vibrando em suas veias e pulsando em um ritmo constante em seus dedos. A tensão estava crescendo, girando, espiralando em seu abdômen, e ela sentiu isso.

Um roçar de algo macio contra seu núcleo. Não exatamente onde ela queria – precisava – mas ela inclinou os quadris, procurando.

Uma risada baixa fez com que sua consciência se aproximasse da superfície.

Hermione. O nome dela.

Hermione.

Venha agora, querida. Eu sei que você quer acordar.

Draco? Ele parecia tão perto. Tão real.

Outro roçar na borda externa de sua boceta, sem mergulhar completamente. Um leve beijo logo acima dela, e ela se esforçou por mais. A boca dele. A boca dele. Ela precisava da boca dele. Ele a recompensou com uma única lambida, e ela sentiu as vibrações de seu gemido na garganta. Sim, mais.

Contradictions | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora