Gerard Way é um vampiro de 2.300 anos que está de volta à sua cidade natal juntamente com todo o seu clã familiar. A gótica e excêntrica família ainda está respirando os ares noturnos e modernos da nova rotina da população local da cidade de Ainavli...
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Chapter Fourteen - The Setting Sun
Gerard ainda estava parado, atônito, doído pela imagem de Frank que, ao entender dele, somente agora conseguia ver Gerard naquele lugar. O delegado continuava em sua frente e mais de um milhão de questões lhe atravessava a mente.
- Acho que necessitamos nos apresentar devidamente. - o delegado esticava a mão. Frank continuava despertando e seus olhos tornavam-se àvidos. Pousou sobre Gerard e ele fez uma expressão tensa com o rosto, murmurando algo entre a mordaça e Gerard agitou-se. O delegado olhou para trás rapidamente. - Acalme-se, ele está bem, não sofreu nada, eu não permiti.
- Ele foi sequestrado, está com o nariz sangrando e uma mordaça na boca, amarrado numa cadeira. Isto é não sofrer? - a indignação de Gerard era palpável.
- Tendo em vista o que eu realmente posso fazer, isso não é nada. Confia em mim. - ele piscava e trazia a mão antes esticada para junto de si; Gerard não estava disposto a cumprimentar o algoz de Frank.
- Obviamente não quero saber! Quero saber como posso livrá-lo disso agora. AGORA! Eu já estou aqui, não precisam mais dele.
- Como eu disse, tenha calma. Vamos conversar e nos apresentar devidamente. Otacilio! - e ele chamava o agente que estava com ele na delegacia, Gerard ficava mais nervoso. - Pegue uma cadeira para nosso convidado especial. - O agente pegava a cadeira e Gerard se sobressaltava, causando uma postura mais agressiva dos homens ali, preparados com as armas.
- Eu preciso vê-lo, me deixa chegar próximo dele, eu passei as últimas horas procurando-o feito o mais louco dos homens. POR FAVOR! - Gerard suplicava.
- Por favor, digo eu. Sente. É óbvio que não vai se aproximar dele, e acho totalmente inteligente passar a considerar meu poder. Você pode ser um vampiro, o mais velho e poderoso de todos, mas aqui é minoria e morreria facilmente.
- Eu não quero me sentar! Eu sei das minhas opções aqui, e não me arriscaria a perder Frank por um ato abrupto e impensado. Apenas, deixe-me chegar perto dele, só para vê-lo... - Gerard estava com a face angustiada e o delegado o olhava com curiosidade, sentando-se na cadeira.
- Estou tentado a deixar. - ele sorri. - Tragam as correntes de prata.
Gerard continua de pé e o delegado extremamente calmo sentado na cadeira. Alguns homens se aproximam, três deles e suas mãos possuem metros de correntes de prata.
- Podem colocar nele. No pescoço, enrolar nas mãos e pés. - o delegado ordenou. Gerard tremeu pelo o que sentiria a seguir, mas faria tudo, sofreria qualquer coisa para chegar perto de Frank.
Gerard fechou os olhos e aguardou pelo contato do metal em seu corpo. Os homens eram agéis, não demorou e ele começou a agitar-se pela dor das queimaduras que o metal causava em sua pele, ao mesmo tempo que parecia lhe tirar todas as forças, deste modo, a cada volta das correntes em torno de seu pescoço, dos pulsos e das canelas, Gerard dobrava os joelhos até ficar prostado ao chão urrando em dor. Frank se agitava na cadeira e as lágrimas já lhe desciam pela face.
