Naquele dia ocorreu tudo normalmente, Louis decidiu ir sair com Niall e Harry de tarde, e eu acabei por ficar em casa da mãe de Louis. Decidi ligar para a minha mãe para perguntar como estavam as coisas por ela, algo que eu fazia sempre que podia.
- Tu já me mandaste a foto com Tomlinson? - perguntou.
Comecei-me a rir.
- Ainda não, mãe. Quando eu puder eu mando-te, está bem?
- Está bem, filha. Preciso de desligar eu deixei a tua irmã no banho para que te pudesse atender mas ela não para de me chamar.
- Tudo bem. Manda-lhe um beijinho para ela e para o pai, estou com muitas saudades.
- Eu também, princesa. Manda beijinhos para todos aí e não te esqueças da minha foto. - ela riu-se finalizando assim a nossa chamada.
Depois que desliguei, deitei-me e comecei a pensar em algumas coisas.
Eu estava decidida a afastar-me de Louis, retirando assim qualquer possibilidade de termos algo da minha cabeça. Realmente, nunca iria acontecer nada entre nós os dois, se eu algum dia imaginei essa possibilidade era por causa de pensamentos acumulados.
Eu deveria apenas dizer que não tinha nada com ele até à morte ou então iria para o olho da rua.
Uma coisa bastante simples.Quando desci, Daisy e Phoebe estavam a brincar no quintal da casa e eu fiquei por lá com elas, tendo sido uma tentativa para me distrair destes pensamentos. Ao anoitecer Louis apareceu todo soado.
- Estou morto. - disse ele ofegante, sentando-se ao meu lado.
- O quê que estiveram a jogar?
- Futebol - ele respondeu a olhar para a frente, mas depois direcionou o seu olhar para mim.
Ele estava lindo tenho que admitir. Até suado este rapaz consegue ficar lindo, perdidamente lindo. As suas bochechas estavam mais rosadas que o normal, a sua respiração ofegante, o seu cabelo levemente despenteado e o corpo deste molhado devido ao suor.
- O que foi? - ele perguntou um pouco confuso, mas logo a seguir riu-se baixando o olhar.
- Nada - respondi baixinho.
- Porquê que não foste connosco?
- Não queria atrapalhar, tu estás com amigos que apesar de estares bastantes vezes, não estás com eles tão descontraidamente.
- Tu nunca atrapalhas. - afirmou olhando-me e sorriu.
O silêncio dominou.
"Tu nunca atrapalhas" esta frase predominava os meus pensamentos.
Algo dentro de mim dizia-me que nós não podíamos ter nada, e não podíamos. O meu consciente fazia questão de relembrar disso. Ele não é meu vizinho, nem o rapaz da faculdade que todas querem ou um rapaz que eu conheci numa discoteca, ele é Louis Tomlinson, aquele rapaz para quem eu trabalho.
Porém, ainda existia outra voz dentro de mim, eu não sabendo se era o meu consciente ou não, que me dizia que estava a começar a precisar dele de alguma forma, pelo menos para me fazer rir das piadas secas que ele aprendia com Harry, das suas brincadeiras, até da sua cara de sério e as cantadas que ele me dava e que eu fingia não perceber.
Aquele dia tinha sido um mau dia. Eu estava longe de tudo, num sítio onde eu nunca tinha estado, mas que mesmo assim eu não saí para conhecer as pessoas, os locais, nada disso. Assim que eu vi Louis a sair pela porta eu senti-me com nenhum ânimo de fazer qualquer coisa que fosse. Era só eu e os meus pensamentos.
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Tunnel Vision - l.t.
FanfictionEle tinha acabado de ser derrubado. Ela cursava o seu último ano de faculdade. Ele era famoso. Ela era normal. Ele precisa de ajuda. O que acontece quando um cantor se vai abaixo? E este tem que levar acompanhamento psicológico? "- mas Mel tu não p...