Tunnel Vision - l.t.

6 - Bolas de cristal e hambúrgueres

01 de Abril de 2014

*Melanie POV*

Eu sentia um sentimento de extrema mudança. A mudança é uma transformação que acontece, uma alteração por assim dizer. E era uma grande transformação, eu acordar num quarto de hotel. Com aqueles lençóis brancos suaves que só mesmo os hotéis de alta classe tinham.

Também o facto de não ter uma pirralha, que se dava o nome de Ashley, a berrar para que eu acordasse, fazia-me uma grande confusão. Mas logo depois lembrei-me que estava aqui, com esta mudança, graças a um trabalho e que deveria levantar-me para que assim pudesse cumpri-lo.

Tomei um banho e vesti umas leggins pretas, uma camisola de malha beije e uns saltos da mesma cor. Deixei o meu cabelo ao natural e pus apenas um rímel. Estava pronta para o meu primeiro dia de trabalho.

(...)

 Passei pelas portas de vidro que pareciam até brilhar por estarem bastante limpas. Logo avistei a equipa dos One Direction, reconhecendo um lugar vazio que era ao lado de Niall e à frente de Louis. Desejei um bom dia a toda a gente. Beijei os cabelos loiros de Lux que chamava por mim. Peguei no prato e copo que tinha no lugar vazio e fui escolher o pequeno-almoço, visto que aquilo era self-service. Após ter terminado todas aquelas coisas decidi instalar-me no lugar vazio que avistara assim que entrei.

- Louis assim que poderes eu queria falar contigo, tudo bem? - disse-lhe enquanto mastigava o resto do pequeno-almoço.

- Sim, tudo bem - ele encolheu os ombros, mostrando um pouco de tristeza.

(...)

Eu caminhava lado a lado com Louis. Ele com cabeça baixa, notando que ele estava bastante triste. E eu tinha uma feição neutra, não mostrando qualquer emoção. Entrámos no meu quarto de hotel.

Louis, sentou-se num sofá de apenas um lugar e eu sentei-me no sofá que estava logo à frente de três lugares.

- Antes de mais, Louis eu quero dizer-te que ter um psicólogo não significa que és louco. E antes de mais eu não estou aqui para te julgar e eu espero que tenhas consciência disso. - ele olhou para mim, como se tentasse entender cada palavra que eu dizia, mas a sua fisionomia ainda era meio triste.

Ontem apesar de só nos termos cumprimentado ele não estava tão em baixo.

- Então a menina, é a melhor aluna? Sem reclamações? - ele perguntou tentando reverter a situação, e ainda a rir-se pelo nariz - então tu és do tipo certinha? - ele franziu a testa, duvidando de todas aquelas minhas qualidades.

- Alguém nesta história teria de o ser não é verdade? - respondi-lhe no mesmo tom - porquê? Estás a duvidar?

- A duvidar não... - ele pareceu pensar - mas isso não é muito a tua cara.

- Porque não? - questionei mostrando-me estar ofendida.