Prólogo

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Verona, Itália

O poeta pausou, sua pena pairando como um pássaro ansioso sobre o pergaminho.

As palavras que ele colocou na boca da sua amada eram convincentes. Até mesmo a tinta o condenou.

Ao escrever Purgatório, ele foi forçado a reexaminar sua vida após a morte dela. Seu tributo a Beatrice foi ao mesmo tempo uma homenagem e penitência. Mas este não foi o fim.

Não, a morte de Beatrice não era o fim do seu amor. Ele ainda amava e, ao amá-la, seria transformado.

O pássaro na pena retornou ao pergaminho, dando voz à sua perda. Ele não havia sido digno dela nesta vida. Mas talvez na próxima...

"Volta, Beatrice, Oh volta com os seus olhos sagrados", Esse era cântico deles, "para o teu fiel, que tem que te ver dar tantos passos...

"Em graça nos faça a graça que tu revelas, Teu rosto para ele, para que ele possa discernir, A segunda beleza que escondes."

Aqui estava sua amada agora, linda e resplandecente. O amor deles permaneceu, mas teve que mudar. E na mudança, aprofundou-se e se tornou substância da eternidade.

O poeta olhou para a cidade de seu exıĺio e lamentou por seu lar. Ele lamentou por Beatrice e o que nã o haviam tido.

Ele esperava o que estava por vir. O amor dela o apontava além de si mesma, além do amor terreno, para algo transcendente, perfeito e
eterno. Ele jurou, mesmo ao expurgar sua alma, que as palavras que escrevera seriam proféticas e que todas as promessas que ele fizera a ela seriam cumpridas...


Desculpe meninas apaguei o prólogo porque tinha colocado o do livro anterior 😬

A Promessa de Christian - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora