A Promessa de Christian - Livro 4

Capítulo Três

__O que ela está fazendo? - O professor olhou pelo retrovisor para sua esposa, que estava sentada atrás dele, ao lado de Clare.

Seu belo rosto tinha uma expressão infantil e seus olhos brilhavam. Ele finalmente estava trazendo sua família para casa. Ele teve dificuldade em conter sua emoção.

— Ela ainda está dormindo. — Ana se inclinou sobre a cadeirinha de bebê e acariciou levemente a bochecha da criança.

A boca do bebê fez um beicinho semelhante a um botão de rosa enquanto dormia. Fios de cabelos escuros apareciam debaixo do chapéu de malha roxo que ela recebeu de presente do auxiliar do hospital. Ela era um bebê lindo, com nariz de botão e bochechas rechonchudas. Seus olhos eram grandes e azuis acinzentados quando ela se dignou a abri-los.

O coração de Ana estava pleno. Seu bebê era saudável e seu marido era ainda mais solidário do que ela imaginara. Era quase muita felicidade para uma única pessoa.

— Se ela fizer algo fofo, me avise. — O tom de Christian estava ansioso.

Ana riu.

— Tudo bem, Professor.

— Eu gosto de vê -la dormir —, pensou Christian. Ele continuou dirigindo o Volvo SUV lentamente pelas ruas de Cambridge. — Ela é fascinante.

— Você precisa manter os olhos na estrada, papai. — Christian piscou Ana lançou-lhe um olhar. — Desde quando você dirige tão devagar? — ela zombou.

— Desde quando tudo que eu amo está neste carro. — A expressão de Christian se suavizou quando ele fez contato visual com ela através do espelho.

O coração de Ana deu um salto.

O entusiasmo dele pela paternidade superou suas expectativas.Lembrou-se da primeira noite que passaram no hospital, depois que Clare nasceu. Christian segurou Clare a noite toda e não se separou dela.

Christian havia dito uma vez que quando ele fosse velho ele se lembraria de como Anastasia era na noite em que fizeram amor pela primeira vez. Ela se lembraria da visão do marido segurando a filha deles em seu peito pelo resto da vida.

Lágrimas encheram seus olhos e ameaçaram transbordar. Ela se inclinou sobre o bebê para esconder sua reação.

Christian virou o SUV na rua deles — lentamente, muito lentamente.

— Que diabos...? - Sua felicidade chegou a um fim abrupto, como um navio atingindo um iceberg.

— Veja como fala —, Ana murmurou. — Não vamos ensinar palavras maldosas para o bebê.

— Se ela estivesse acordada, ela também gostaria de saber o que diabos está acontecendo. Olhe para o nosso gramado. — Christian pilotou o carro em direção à entrada da garagem, com os olhos fixos na frente da propriedade.

Ana seguiu seu olhar.

Em frente à elegante casa de dois andares, havia extravagantes flamingos de plástico rosa. Flamingos cor de rosa chocantes em
plástico. Um flamingo gigante de madeira estava ao lado da porta da frente, segurando uma placa:

Parabéns Christian e Ana! É uma menina!

Os flamingos menores eram tão numerosos que Christian mal conseguia ver as folhas de grama embaixo deles.

Era uma infestação. Uma infestação de enfeites bregas e cafonas, claramente escolhidos por um demônio com um déicit extremo de bom gosto.

— Puta merda! —, Exclamou Ana.

— Veja como fala. — Christian sorriu com arrogância. — Presumo que você não estava esperando isso?

— Claro que não. Eu mal chequei meu e-mail esta semana. Você fez isso?