Capítulo Trinta e Oito

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Sunbury, Pennsylvania

Mais tarde naquela noite...

Christian aproximou-se de Carrick, que estava balançando Clare em seu carrinho de bebê na sala de espera do hospital.

Carrick ficou de pé, seu olhar focando em seu filho.

— O que o médico disse?

— Ela acha que o tornozelo de Anastasia está quebrado. Eles estão enviando-a para o raio-X. Não me foi permitido acompanhá -la. —Christian parecia amargo.

Carrick continuou balançando o bebê , que, ao ouvir a voz do pai, virou a cabeça para olhar para ele.

— Os médicos da emergência precisam investigar todas as opções quando se trata de uma lesão suspeita.

— Suspeita? — As sobrancelhas escuras de Christian se uniram. — Do que você está falando?

— Uma nova mãe chega ao pronto-socorro e afirma ter caído. Ela é acompanhada por um marido agitado que não quer que sua esposa fique sozinha com o médico de plantão.

— Isso é absurdo. — Christian xingou. — Eu simplesmente queria ajudar. Ana tem uma ficha médica neste hospital, porque ela já esteve aqui antes. Todos nós estivemos neste hospital. Grace costumava ser voluntária aqui.

— Eu sei, — Carrick disse suavemente, uma expressão distante em seu rosto. — Foi aqui que Grace te encontrou.

Christian escondeu sua reação removendo Clare de seu carrinho de bebê e abraçando-a contra seu ombro.

— Você e eu estivemos aqui com Ana uma vez antes. Pense sobre as circunstâncias que cercam essa visita. — Carrick deu a Christian um olhar significativo.

Um flash de reconhecimento passou pelas feições de Christian.

Carrick continuou.

— Um bom médico revisaria o gráfico de Ana e veria que a última vez que ela esteve aqui, ela foi tratada por lesões relacionadas a uma agressã o física. Agora ela aparece com um bebê , tendo caído durante uma caminhada através da floresta. A noite. Com o marido, que parece agitado. Você não suspeitaria?

Christian assentiu.

— Deixe os médicos fazerem o trabalho deles. — Carrick esfregou o queixo. — Você falou com a polícia?

— Não, mas Scott ligou. Ele e Ethan vasculharam a floresta com lanternas. Eles não viram nada. Mas acho que vamos dar uma outra olhada na luz do dia. — Christian beijou o lado da cabeça de Clare. — Liguei para John Steele.

— E?

— Eu dei a John a descrição do carro e pedi para ele encontrá-lo. Esta noite está intensa... — Christian balançou a cabeça.

— Diga-me o que você acha que está acontecendo.

— Não pode ser coincidência que o mesmo carro esteja dirigindo pela nossa casa em Cambridge e depois aparece em Selinsgrove. Um conhecido casual ou o aluno não saberia sobre sua casa. Temos nomes diferentes. Somente alguém conectado comigo ou Anastasia ou ambos, saberia que estarímos aqui. A única pessoa nessa categoria que gostaria de nos prejudicar é Jack, ex-namorado de Anastasia.

— Ela ouviu falar dele?

— Não. Não pedi a ninguém para ficar de olho porque pensei que estávamos livres dele. John disse que procuraria.

— Mas você não contou a ela sobre o carro suspeito enquanto estava Cambridge.

Christian ficou rígido.

—Não.

Carrick tocou o ombro do filho.

— Eu sei que você precisa se mudar para Edimburgo pela sua palestra e que Ana talvez tenha que ficar em Harvard. Eu irei me mudar para Cambridge para ficar com sua família enquanto você estiver fora, minha presença seria útil.

O olhar de Christian deslizou para o pai adotivo.

— Você desistiria de ensinar em Susquehanna? Você sairia de casa?

— Eu sou emérito. Posso tirar um ano de folga e voltar no ano seguinte. Eu poderia tentar conseguir uma consulta de pesquisa em Boston ou Cambridge. E direi à Grace para onde estou indo, para que ela possa me encontrar no seu quarto de hóspedes.

O tom de Carrick era leve.

— Obrigado.

Carrick pegou um coelho de brinquedo no carrinho de bebê. Clare fez um barulho e pegou o coelho.

— Claro, parece que sua irmã e Ethan gostariam de se mudar com você , pelo menos até encontrar uma casa.

— Não tive a chance de discutir isso com Anastasia. Mas eu não tenho
intenção de deixar minha família para trás quando eu for para a Escócia. — O tom de Christian era firme.

Carrick assentiu, optando por não pressionar o filho sobre como, exatamente, ele estava indo realizar a sua intenção.

A Promessa de Christian - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora