Os conventos do Magdalen College eram incrivelmente pitorescos.Ana inclinou-se atraves de uma das arcadas abertas para o espaço arejado, procurando as pequenas esculturas de pedra que estavam ao longo das paredes. C. S. Lewis, o professor e autor, havia sido inspirado a incorporar as mesmas esculturas em O Leão, a Bruxa e o Guarda-roupa, um dos livros favoritos de Ana.
Em sua primeira visita a Oxford, ela e Christian haviam permanecido na faculdade. E ela saiu da cama tarde da noite para olhar as esculturas. Mas ela não ousaria pisar no gramado excepcionalmente bem cuidado a luz do dia, por medo de ser despejada.
Sua conversa com Cecilia repetia em sua mente, mais e mais. Ana se perguntou se poderia ter lidado com isso de maneira diferente. Ela se perguntou se Cecilia teria sido mais receptiva se ela tivesse abordado o assunto mais cedo.
Trabalhar com a professora Picton era uma honra, e claro, mas Ana gostava de trabalhar com a Cecilia. Ela a considerara uma amiga. Sua despedida hostil iria assombrar o resto de seus estudos de pós-graduação e agora sua carreira. Mesmo a magica de Katherine não poderia impedir Cecilia de falar ironicamente sobre Ana e seu projeto, se assim o desejasse.
A academia era muito parecida com um feudo.
— Procurando por Aslan? — Uma alegre voz a chamou.
Um homem alto e de ombros largos se aproximou ao lado dela. Ana olhou para o rosto de José Rodriguez e sentiu uma gratidao instantanea.
"Eu desejo."
O comportamento alegre de José mudou quando ele viu seus olhos lacrimejastes.
— O que ha de errado?
— Cecilia não aprovaria meu semestre em Edimburgo. Quando eu disse a ela que iria trocar de supervisores, ela disse que nao atuaria no meu comite de dissertação e que não escreveria uma carta de recomendação para mim no mercado de trabalho.
— Merda. Sinto muito. — José se moveu para se apoiar no mesmo arco que Ana. Ele eniou a mão no bolso da calça jeans e produziu um lenço de papel. — Aqui.
— Obrigado. — Ela o pegou com gratidão e limpou o nariz.
— Você não acha que Cecilia vai mudar de ideia?
— Ela estava bastante inlexıvel.
José amaldiçoou.
— E ridículo. Você esta no seu ultimo semestre do curso. Edimburgo tem um programa em italiano e Graham esta la. Qual e o problema da Cecilia?
— E uma longa história, mas basicamente acho que ela esta chateada por não ter sido escolhida para as palestras. Nosso reitor deu a ela um pouco de estresse e acho que ela está jogando-o em mim.
— Isso e besteira.
— Estudantes de pós-graduação são peões. Ou coelhos.
José a lançou um olhar interrogativo.
— Você não conhece a parabola do coelho e da maquina de escrever? —, Perguntou Ana.
José balançou a cabeça.
— O coelho esta em sua toca, digitando furiosamente em uma maquina de escrever. Ela digita por dias e noites e, inalmente, quando termina, surge com seu projeto. E há um leão sentado do lado de fora da sua toca, que tem assustado a todos.
— E o leão come o coelho, - disse José.
— Não. O leão protege o coelho, para que ele possa concluir o seu projeto.
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A Promessa de Christian - Livro 4
RomanceQuando Christian e Anastasia Grey vêem sua filha recém nascida, Clare, se dão conta de que a vida nunca será igual. Christian se comprometeu a ser um bom pai quando de repente recebe um convite para dar uma série de palestras em Edimburgo, na Escóci...