Dividido

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(Quem é vivo sempre aparece, né? Kkkkk. Peço mil perdões, tive que ficar indo alguns dias no  hospital é isso acabou ocupando todo o meu tempo)


Alice despertou lentamente quando fracos raios de sol conseguiram penetrar a cortina e lhe banhar o rosto. A visão do quarto com paredes em tom pastel e cortinas negras a fez ter certeza que a noite anterior não fora um sonho. Tentou alevantar-se, mas percebeu que estava  envolvida por braço fortes que lhe prendiam como cordas.

– Onde a senhorita pensa que vai? - Disse Severo com a voz extremamente rouca perto do ouvido de Alice.

– Desculpe! Não queria tê-lo acordado! Mas  é que preciso voltar para meus aposentos, já amanheceu!

Severo gemeu contrariado, e a apertou  contra seu corpo fazendo-a sentir sua ereção matinal latejante.

– Severo! Não me provoque, ou eu farei com que se arrependa!

Ele ofereceu um sorriso sacana, e  em um movimento só estava encima dela, lhe beijando o pescoço, arrancando gemidos. Ele a beijou devagar como se quisesse sentir seu gosto, emaranhando as mãos nos cabelos revoltos de Alice. A língua faminta adentrou a boca da garota pedindo passagem e foi recebida de bom grado. Os gostos se misturam de uma forma que pareciam ter sido feitos para nunca se separar.

As mãos de Severo subiram lentamente nas pernas de Alice, lhe arrancando a calcinha delicadamente. Esfregou o membro duro  sobre seu sexo fazendo com que ela perdesse o último fio de juízo. Alice sentiu ondas de eletricidade percorrer seu corpo com o olhar desejoso de Severo sobre si. Olhou para ele corada, porém ansiosa e não conteve um gemido  quando ele a preencheu de uma vez só. Enquanto a penetrava Severo tomava a boca de Alice ferozmente, como se sua vida dependesse disso. Ele a abraçou forte enquanto fazia os movimentos de vai e vem. Alice sentiu a respiração falha em seu pescoço, o coração acelerado. Ela arranhou-lhe as costas quando o âmbar se fez presente, e novamente ela perdeu-se em todo aquele negror invadindo-lhe de chamas.

– A-lice! - Disse Severo com a voz entrecortada, – Juntos!

É então ele jorrou-se dentro dela e ela mais uma vez sentiu-se completa quando também chegou ao ápice.

****************

– ALICE! - Gritou Gina correndo em sua direção, – Coooonta tudo agora! Você sumiu do baile, quero detalhes! Como foi? Ele é grande? Te tratou bem?

Alice sorriu, não poderia ter recepção melhor.

– Foi maravilhoso Gina! De uma forma que jamais conseguirei descrever! Ele e tão intenso e sexy.... E sim,  ele e como você imagina! - Disse aos risos, enquanto corava, – Enorme!

– Então vocês consumaram? - Perguntou ansiosa.

Alice fechou os olhos sentindo a brisa, e por um breve momento conseguiu sentir o perfume de ervas e whisky que tanto amava.

– Alice? Não me diga que.....

– Não! - Respondeu ríspida, – Não posso fazer isso com ele! Eu poderia o matar! Você sabe!

– Alice! - Disse Gina indignada, – Ele é o escolhido! O homem certo não é? Você não pode fazer isso com ele!


– Gina você não entende! Quando eu fico perto dele, quando ele me toca, ou me olha, eu sinto como se pudesse transbordar em chamas! Você não tem ideia do quanto isso fora de controle pode ser perigoso! Ele não pode receber minhas chamas!

– Porque não?


– Porque ele ainda  ama ela! - Disse Alice enquanto uma fina lágrima escorria pela face.


– Lilian! - Disse Gina incrédula.

– Sim! Se eu o fizesse ele estaria morto! O patrono dele, ainda é uma Corsa!


– Ora! - Disse Gina furiosa, – Ele ficou em seu encalço tentando te conquistar e agora anda pra trás? Vou lá dar uns tapas na cara dele, pra mostrar o que é magoar minha amiga!


– Gina, pelo amor de Merlin, controle-se!


– Bom, talvez você tenha que esperar um tempo Alice! Não sei, para atualizar o patrono! - Disse Gina, tentando amenizar a tensão.

Alice lhe ofereceu um fraco sorriso, cansado, dolorido.

– Eu não tenho todo esse tempo Gina! Temos mais uma semana de aulas antes do natal, e depois eu partirei! Meu lugar não é aqui, agora vejo! Meu lugar é junto dos meus, aprendendo a controlar minhas chamas! E.... Casando-me com alguém que se entregue de alma e coração!




*****************

Naquele dia Severo tomou um demorado banho, as lembranças ainda estavam tão vividas em sua mente, e o inebriante aroma de morango ainda invadia todo o seu quarto. Seu coração dava saltos só de imaginar o quanto Alice mexia com ele. O toque, a cor rubra depois do amor, os cabelos encaracolados espalhandos pela cama, as chamas, o âmbar. Ele encostou-se na parede e por um momento sentiu-se sufocado. As lembranças de Lilian caíam sobre ele naquela manhã como foices, rasgando-lhe a alma. Sentiu-se culpado por não ter conseguido cumprir sua promessa, sentiu-se um canalha. Mas o que era Lilian para ele? Alice não era apenas uma lembrança! Ela estava alí, por ele, com ele! Ela se entregou para ele e não o deixou.... Como Lilian. Logo se repreendeu, ele não era merecedor nem de uma lembrança, como esperaria ser merecedor de Alice? Abriu em um baque a porta de seus aposentos e se dirigiu sufocado pelo desespero ao único lugar que se sentia seguro. Severo pronunciou a senha, e a gargula girou dando lhe passagem para uma velha conhecida sala. E ele estava lá, sentado em sua cadeira, lendo uma de suas revistas de tricô. Por cima dela, Severo notou olhos  cintilantes lhe observando, como se soubesse desde o começo, como se sua respiração ofegante já tivesse lhe entregado. Severo sentou-se em frente a ele, a dor tomava conta de todo o seu ser. Nada foi dito no momento em que ele permaneceu ali. Dumbledore contínuo lendo sua revista, ele sabia que Severo não fora ali para receber conselhos. Ele só precisava estar alí, porque de alguma forma o velho era seu refúgio.





(Alerta! Próximo cap tem draminha, porque nem tudo são flores, né pessoal? Kkkkkkk bjs bjs)

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