To build a Dynasty - Tobisaku

O adeus

Ao acordar, Sakura sentia-se dolorida e extremamente cansada. Lembranças da noite anterior começaram a invadir sua mente. Tobirama certamente era um homem insaciável, não que Sakura esperasse algo diferente do homem selvagem que já derrotou batalhões inteiros sozinho.

Após o primeiro round, Sakura tinha dormido para logo ser acordada por um Tobirama extremamente excitado e louco para estar dentro dela de novo. Se lembrava da urgência que ele demonstrava e que dessa vez não se preocupou em ser tão delicado quanto na primeira. Não que Sakura estivesse reclamando, pelo contrário, descobriu ser totalmente adepta de uma abordagem mais agressiva. Como quando o Senju a colocou apoiada nos joelhos com as mãos amarradas atrás das costas e começou a dar tapas no seu sexo exposto pela posição em que se encontrava.

Em todos os seus dezoito anos de vida, nunca imaginou que algo assim podia ser tão excitante, simplesmente se encontrava delirando de prazer sentindo aquela mão firme bater em seu ponto sensível totalmente inchado fazendo-a gozar só para ser preenchida por ele de quatro até sentir seu útero sendo preenchido de novo.

E lá estavam eles de novo com ela cavalgando seu membro enquanto ele se entretinha com seus seios, deixando Sakura cada vez mais louca ao ponto de errar o ritmo em que cavalgava.

Também se lembrava de quando ele a fez se levantar da cama repentinamente e a pegou no colo com as duas pernas apoiadas nos braços dele e as costas encostadas na parede numa posição que dava a impressão que ele estava alcançando cada vez mais fundo dentro dela.

Sakura que não era boba nem nada, estava pouco à pouco perdendo as inibições da primeira vez e tomando as rédeas do sexo sempre que podia. Como no banheiro, quando os dois já exaustos tentavam relaxar, porém ela tinha outros planos e em dois segundos eles já estavam se agarrando na pequena banheira derramando água por todos os contos.

Agora encontrava-se deitada observando o kage dormir completamente nu na sua cama. Se perguntava como tinha sido tão sortuda ao ponto de ter sua primeira vez com um homem como ele.

Diferente do que costumava escutar das amigas, sua primeira vez tinha sido um mar de prazer com excepção daquela dorzinha no início, mas até isso não a incomodou, Sakura encarava aquela dor, aquele incômodo, como uma espécie de ritual de passagem o qual todas as mulheres passavam desde que o mundo é mundo.

Vendo que as horas já estavam avançando e que logo ele teria que ir embora, a Haruno resolveu acordá-lo e aproveitar mais um pouco do tempo que tinham juntos já que nesse mesmo dia ele partiria para Sunagakure onde aconteceria a reunião dos Kages para discutirem a situação das Nações no pós guerra e também para desfazerem o Edo tensei.

A rosada começou a depositar beijos nos locais que tinha percebido serem os pontos sensíveis dele. Enquanto isso, aproveitava para passar as mãos ao longo do corpo mapeando cada pedacinho de pele na esperança de eternizar a sensação que era tê-lo ali a sua disposição.

Escutava os gemidos baixos que ele deixava escapar e percebeu que embora não abrisse os olhos, ele estava acordado. Começou a trilhar o caminho em direção a sua ereção matinal, quando estava com a face frente a seu membro, Tobirama abriu os olhos e fitou os olhos verdes esmeralda da Kunoichi.

- Realmente essa é a melhor forma de acordar. - disse com os olhos cheios de luxúria.

- Ohayo Nidaime-sama. - Sakura aproveitou para passar a língua por toda a extensão do membro e logo começou a sugá-lo como se sua vida dependesse disso.

Antes que conseguisse fazê-lo gozar, Tobirama a puxou e inverteu seu corpo fazendo com que Sakura ficasse de bruços.

- Acho que criei um monstro - ele passava as mãos pelas costas dela e as espalmou na sua bunda. - Por Kami Sakura, mal acordou e já está pedindo por mais.

- Tudo culpa sua por me acostumar mal, Tobirama. E pensar que você não vai mais estar aqui para saciar um vício que você mesmo criou. - Tobirama que estava massageando o sexo dela de forma calma e provocativa, parou.

- Você tem razão querida. É melhor eu me certificar que você será capaz de se satisfazer. - Sakura agora estava visivelmente confusa. - Vire-se pequena, leva suas mãos ao seu próprio sexo e toque-se.

A rosada nem exitou em obedecer. Usando suas feições mais sensuais que o habitual, ela começou a se tocar enquanto era observada por um Tobirama completamente hipnotizado.

À medida que ela se tocava, ele ia dando dicas fazendo com que o ato se tornasse ainda mais prazeros. De repente ele também estava se tocando. Sakura, sabendo que estava quase atingindo seu orgasmo e que isso levaria o platinado ao seu, acelerou os movimentos e colocou a língua pra fora, criando um quadro depravado que fez com que o Senju gozasse lançando jatos que cobriram o colo da mulher à sua frente, enquanto esta tremia e gemia sendo atingida pelo seu próprio orgasmo.

Exausto, o Nidaime deitou-se ao lado dela enquanto a beijava levantando uma das pernas dela e aproximando seus corpos. Ele a penetrou de forma lenta enquanto olhava no fundo dos olhos dela. Por alguma razão Sakura sentiu que dessa vez era diferente das outras, sentia como se estivesse se despedindo dele, aqueles olhos carmesim lhe transmitiam mil coisas ao mesmo tempo.

- Sabe Tobirama, se continuar me fodendo assim, nunca mais serei capaz de aproveitar o sexo com mais ninguém. - disse a Haruno de forma mais melancólica do que intencionava.

- Que bom ! - Respondeu sem vergonha ou arrependimento nenhum - Quero que todas as vezes que você estiver com outro, pense em mim. Quero ser aquele com quem você tenha todas as suas fantasias mais depravadas, quero ser aquele que esteja em todos os seus sonhos quentes. Quero que seu rosto fique vermelho escarlate todas as vezes que seus olhos mirarem meu rosto esculpido no monte Hokage e lembre que aquele mesmo rosto esteve entre suas pernas. Porque, só de pensar em outro te satisfazendo do jeito que eu faço me deixa louco.

Tobirama logo mudou as posições ficando por cima dela, colocando ambas as pernas da Kunoichi em seus ombros aumentando o ângulo e a velocidade de suas estocadas, mostrando toda a sua possessividade em relação a aquela que estava em seus braços.

Sakura, por sua vez, estava perdida com as palavras e ações do ninja. De alguma forma, sentia que aquelas palavras eram mais uma profecia do que só devaneios de um homem num momento de prazer. Especialmente pela forma que ele a olhava, fazendo-a querer morar naqueles olhos, fazendo-a querer parar o tempo e garantir que nunca mais saíssem daquela bolha que criaram.

- Tobirama! Mais rápido! - ela pediu querendo mais enquanto arranhava suas costas e o apertava com seus músculos internos, fazendo que o Senju gozasse outra vez e caísse em cima dela com o corpo totalmente satisfeito, mas a alma em prantos.

Quando tentou se mover, Sakura o agarrou e fez com que ele olhasse nos seus olhos.

- Sei que foi apenas uma noite, mas sinto que pelo resto da minha vida lembrarei de nós e de como foi bom - ela disse acariciando o rosto do ninja a sua frente tentando passar com o olhar o quanto aquelas palavras eram verdadeiras - e mesmo que eu me entristeça pelo resto da vida por não poder te ter, eu nunca me arrependerei do que fizemos.

Pela primeira vez, a Iryō-nin viu um sorriso sincero se formar no rosto do Senju, era um sorriso lindo de quem estava completamente satisfeito com o que tinha escutado.

Sakura deixou que ele tomasse um banho primeiro enquanto ia à cozinha preparar algo para comerem. Eles sentaram-se à mesa comendo o desjejum em meio uma conversa leve tentando afastar o clima melancólico que a iminente despedida trazia.

Quando a rosada acompanhou o ninja até a porta já era impossível segurar as pequenas lágrimas que, irracionalmente, insistiam em sair de seus olhos.

- Não chore pequena, Deus sabe que não sou digno de suas lágrimas. - disse o Senju meio contrariado por vê-la chorar.

- Desculpe, você deve me achar uma boba por chorar por um homem que conheci por apenas uma noite. 

- Pelo contrário, eu me sinto lisonjeado por isso - ele foi se aproximando até a abraçar - mas mesmo assim eu não quero te ver chorar. Saiba que onde quer que eu esteja eu sempre lembrarei da nossa noite, porque com certeza é a memória mais doce de toda a minha vida.

Ele se afastou e a olhou uma última vez.

- Adeus, pequena!

E ele se foi.