Capítulo 8 - Trying to rise

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Vero POV

A volta para o Brasil foi dolorosa. Depois da nossa discussão, Lauren saiu do Caribe com Alexa e Cris, sem nem ao menos falar nada para mim ou Lucy. Muito menos um recado. 

Eu estava destruída. Chorei a noite inteira, sendo consolada pela minha namorada. Tentei ligar para o celular de cada uma delas mas eu já estava bloqueada.

Chegamos em São Paulo no início da noite, depois de passar mais dois dias no Caribe resolvendo burocracias que ficaram para trás. Eu não queria ir para o apartamento de cara e Lucy me convenceu a ficar na casa dela naquela noite.

Eu estava sem fome, sem clima... o meu sogro e ex-chefe, Sr. Vives tentava me animar de todas as formas, mas eu só conseguia pensar que havia perdido a pessoa mais importante pra mim.  A minha única família.

Claro que Lucy era o amor da minha vida, mas é diferente... Lauren era minha irmã. A única pessoa próxima a mim desde sempre. Sem ela eu estava sozinha.

Precisava corrigir aquilo, precisávamos conversar e resolver esse mal entendido. 

No dia seguinte fui para o escritório, tentei trabalhar normalmente, apesar da mente ocupada pelos problemas e no início da noite, fui para o apartamento onde eu e Lauren certamente teríamos mais uma discussão.

Ao menos era isso que eu preferia que tivesse acontecido.

Desci do taxi e caminhei pela portaria, no sentido dos elevadores, mexendo no meu celular.

- Srta Veronica? - a voz do porteiro noturno roubou minha atenção e virei para atender.

- Oi Joacir, tudo bom? - O homem deu uma corridinha até próximo a mim, arrumando a gravata em um gesto desconfortável.

- Desculpe er... eu não sei nem como dizer isso pra srta, mas a sua entrada não está autorizada.

- O que? Joacir eu moro aqui! Como assim eu não estou autorizada? - No mesmo instante eu me dei conta de que a única pessoa que poderia ter dado essa ordem, era Lauren. - Olha Joacir... Eu e Lauren discutimos, mas vamos nos entender. Só me deixe subir e resolver, logo logo eu interfono e vai ficar tudo bem ok?

- A Lauren não tá, ela saiu mais cedo e ainda não voltou.

- Ok, então quando ela chegar você fala que eu subi contra a suas ordens e eu me resolvo com ela.

- Não sei... eu preciso desse emprego. Não me leve a mal, é o meu trabalho. - O homem estava desconfortável, entendia o seu lado, mas eu morava ali, não tinha como não entrar na minha casa por conta de birra da Lauren.

- Você não vai perder o emprego. E se perder, eu te contrato pagando o dobro. Agora me dá licença que eu preciso de um banho. - Dei as costas e segui o meu caminho.

Sai do elevador  massageando o pescoço e tirando as chaves do bolso. Tal foi a minha surpresa quando me deparei com a fechadura diferente. Lauren havia trocado até isso em claro sinal de que eu não era bem-vinda.

A tristeza que me tomou foi avassaladora. Pela primeira vez eu estava me sentindo verdadeiramente sozinha e enxergando uma realidade que jamais imaginei: Eu e Lauren havíamos rompido.

Encostei  minha cabeça na porta querendo não acreditar. As lágrimas caíam sem controle e eu só peguei meu telefone para fazer uma ligação.

- Lu... - Falei com voz embargada.

- Oh meu amor... A conversa não foi boa?

- Lauren não está. Me proibiu de subir e até trocou a fechadura. - Falei limpando as lágrimas.

All in - Verônica POVOnde histórias criam vida. Descubra agora