Capítulo 11 - WSOP

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De volta à Vegas, estava sempre próxima da Lauren e da sua equipe para me apresentarem às pessoas certas, além de conhecer como tudo funcionava naqueles torneios. Ao longo dos anos, conhecia eventos menores, já um WSOP, era diferente. O nível de organização e segurança era outro, e convenhamos, ficava cada vez mais fácil fazer o meu trabalho.

Me aproximei mais do Tom e do Greg, que eram os magos dos dados. Com eles a base tinha não apenas um alcance incrível como um potencial ainda mais danoso. O que era um simples banco de dados anos atrás, hoje era um arquivo que poderia colocar todo mundo na cadeia, se caísse em mãos erradas.

E eu precisava garantir que isso não acontecesse.

- Como exatamente vocês conseguiram essas informações? - Estava na sala reservada do salão do WSOP, com a equipe da Lauren, conversando com a dupla responsável pela base. - Existem informações aqui que não deveriam constar.

- Informantes... não foi algo solicitado. Apenas que foi nos dado e colocamos aí. Pode ser útil em algum momento. - Greg respondeu inocentemente enquanto abria uma garrafa d'água e se sentava em uma das poltronas ao meu lado.

- E como exatamente saber dados bancários dessas pessoas pode ser boa coisa? - Questionei tirando os olhos do ipad que tinha em mãos. - Precisa ser atualizada. Essa base de dados não pode conter informações como essa. Como foi idealizada já está no limite da lei. Com uma coisinha a mais torna esse documento um crime. Lauren sabe? - Vi os rapazes negarem - Ótimo, então só vamos atualizar e evitar essa dor de cabeça. Agora, se me dão licença, vou resolver algumas outras questões burocráticas.

- Fica tranquila, vamos atualizar e deixar o mais limpa possível. - Tom me garantiu e saí da sala seguindo para a recepção.

O movimento no Bellagio estava intenso  e com tanta gente chegando de todas as partes do mundo seria um desafio e tanto, ajuda Lauren a encontrar Camila sem que fossem notadas. Permaneci o resto do tarde observando todo o movimento da recepção e em um dado momento me dirigi a uma garota que parecia estar em seus primeiros dias ali.

- Olá, boa tarde, tudo bom? Gostaria de uma informação.

- Boa tarde, senhora. Em que posso ser útil? - a jovem se mostrou solícita e muito simpática.

- Tenho alguns amigos vindo da Europa para o WSOP, mas ainda não sei quantos de fato vão vir, queria reservar os quartos mas eles são enrolados o suficiente para não me darem essa informação. Ao mesmo tempo, estou preocupada em não ter mais quartos disponíveis, sabe? - Fiz uma cara de pidona - Será que você tem como me dizer quantos quartos você tem disponível no momento, para que eu possa pressionar eles, sabe?

- Ah, entendo. Bom, não temos muitos quartos disponíveis. As pessoas costumam reservar com muita antecedência. Qual o quarto em que a senhora está? 

- No 938. - informei me debruçando sobre o balcão de mármore observando a jovem operar o computador.

- Bom, o seu corredor está quase que completamente vago. Como essas suítes são mais caras costumam demorar mais a serem ocupadas - confessou em uma voz baixa me arrancando risos.

- Oh, entendo... E eu poderia reservar os quartos desse corredor? Por garantia, sabe?

- Claro. Mas a senhora quer reservar todos? São 12 quartos neste corredor...

- Reserve todos, em meu nome. Quando meus amigos resolverem eu informo a vocês, até lá, pode cobrar normalmente. - Sorri vendo o espanto da garota - Vou fazer questão de descontar cada centavo no presente de Natal deles. - Dei um piscadinha e estendi o meu cartão de crédito para que efetuasse a transação.

All in - Verônica POVOnde histórias criam vida. Descubra agora