Prólogo

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Memórias... Sem elas, iríamos nos tornar em um simples vazio. Elas nós permite relembrar todos os momentos bons que passaram por nossa vida, e até mesmo, aqueles momentos cujo o nosso coração aperta, e causa calafrios, mas... Cada momento, cada fase, me fez chegar até esse momento.

- Três semanas após a lua negra -

Três semanas se passaram após a lua negra, eu estava sentado em cima do telhado de uma das torres do santuário, a vista, ah... Era belíssima. A noite estava fria e uma leve brisa batia sobre o meu rosto, mas, logo uma movimentação ao meu lado me tirou a atenção, era lorde Aharis:

— O que faz aqui em cima? —  Como ele surgiu ali? Era algo que eu gostaria de saber, até me lembrar que ele um feiticeiro, ver ele fazendo essas coisas ainda me impressiona.

- Refletindo, apenas — Coloco os braços sobre os joelhos.

— O que você tanto pensa? — Ele se sentou ao meu lado, seu coração batia tão calmo como se estivesse parando, uma paz absurda eu diria.

- Aharis? Por que você não me conta o meu futuro? Digo, talvez eu possa impedir o pior — Disse eu, eu sei que a resposta dele será contra tal pergunta, mas, nada custava ter perguntado. Ele suspirou e olhou para a lua.

— Veja, digamos que... A lua não soubesse a próxima fase, e a próxima fase dela é a mais bela. Se a lua soubesse que ela iria ficar cheia no dia seguinte, ela não teria tanta emoção, seria algo, sem graça por assim dizer. A lua tem lá suas fases, como as mais belas e as mais obscuras, assim como a nossa vida.

- Desculpa, mas, isso não respondeu a minha pergunta.

— O que eu quero dizer, é, se eu contar o seu futuro, o que você tentar fazer para impedir não vai mudar em nada. —  Comentou ele, arrumando sua roupa longa de tecido azul claro.

- Confuso, eu realmente estou tentando entender, senhor. — Era difícil conversar com lorde Aharis, ele sempre fazia uma espécie de enigma.

— Vou lhe dar um exemplo mais obvio, nesse exato momento, vai acontecer uma coisa que nem eu e nem você poderá impedir.

- Mas o senhor já está me alertando, se você me disser eu posso tentar mudar isso. — Respondi.

— Você vai entender, preste bastante atenção bem ali. — O mesmo apontou para um grande tronco de árvore que havia na montanha, ao lado de uma das janelas do santuário, e nela, havia um ninho, o que me parecia ser um ninho de coruja, tinha um filhote gordinho e repleto de penas, parecia uma bolinha.

- O que vai acontecer com ele? — Perguntei, Aharis ficou quieto, de repente, ele se aproximou de mais para fora do ninho, e perdeu o equilíbrio até começar a cair de uma altura absurda para o tamanho dele.

- Não! Poxa — Falo triste. — Por que você não o ajudou? —  Falei em um tom triste e ao mesmo tempo, chateado.

— Por que na nossa vida, tudo o que acontece não é por um acaso, se estamos destinados a tal coisa, mudar o passado ou o presente, não vai alterar o seu destino. Seja ele como for, bom ou ruim, mas... O destino nem sempre é algo que devesse ter medo, também trás grandes evoluções.— Após dito isso, o filhote de coruja apareceu voando bem em nossa frente, ele voava com tanta suavidade e paz que não parecesse se importar com os problemas, óbvio, era um filhote!

Sombras Do Eclipse: A Saga Lunar - Livro 4 ( Concluído )Onde histórias criam vida. Descubra agora